sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pilates e a Dor


O reconhecimento médico sobre a eficácia do Pilates no tratamento da dor vem crescendo nos últimos anos devido a um grande número de casos com resultados altamente satisfatórios na recuperação do controle motor, fortalecimento dos músculos da coluna e alívio de dor. Muitas pesquisas vêm sido desenvolvidas tanto aqui no Brasil como nos Estados Unidos onde o Pilates é aplicado antes e após a cirurgia de coluna ou qualquer outra articulação do corpo.

A Pós Reabilitação com o Pilates acelera no processo de recuperação devido a possibilidade de trabalhar movimentos similares aos do cotidiano sem a ação da gravidade, com a coluna apoiada num ambiente diferente, onde a nova posição possibilita o aprendizado de um movimento novo e correto sem os antigos vícios de compensação a dor. O que isso quer dizer? Que por exemplo, você vai aprender a andar corretamente porém deitado. O nosso corpo tende a repetir os mesmos padrões se tentarmos corrigir o caminhar de pé.

Além de introduzir o movimento novo em posições diferentes para assim “enganar” o corpo e eficientemente poder corrigir, os equipamentos do Pilates são compostos de molas com diferentes tensões, possibilitando o aprendizado numa intensidade extremamente leve, sem agredir a lesão existente.

O corpo responde melhor sem se cansar e sem usar de forças compensatórias que são agressivas e causam o desalinhamento dos membros.

Outra característica fundamental é a possibilidade de trabalhar e fortalecer os músculos estabilizadores da coluna, cintura escapular (ombros) e quadril. Estes músculos são menores e quando enfraquecidos acabam extressando e provocando lesões e/ou patologias de coluna e de extremidades como ombros, cotovelos, punhos, joelhos e tornozelos. O Pilates faz o que chamamos de fortalecer “de dentro para fora”. Fortalecer o abdomem não quer dizer poder fazer 1.000 abdominais, e nem ter um abdomem “tanquinho”. O trabalho feito pelo Pilates é mais profundo, você vai fortalecer o transverso abdominal juntamente com o assoalho pélvico (responsáveis por segurar os órgãos) e com o auxílio da respiração é feita a correção Postural. Todo o movimento partirá dessa conexão com o centro do corpo.

Numa terceira fase, onde o corpo passa a realizar os novos movimentos de forma natural, onde inconscientemente o ele está correto e eficiente, os exercícios passam a ser realizados na posição vertical para que sejam transferidos às atividades diária, substituindo os velhos hábitos.


Por: Tatiana Hiromi Matsuo