A disidrose é uma doença caracterizada por pequenas bolhas nas mãos e extremidades do corpo, associada ao estresse, à ansiedade e a outras causas de fundo emocional. Ela é predominante na faixa dos 20 aos 40 anos de idade, sendo que apenas 4,8% dos pacientes têm menos de 10 anos.
A maior parte dos atingidos é da cor branca - cerca de 80% dos casos relatados, conforme pesquisas. Já quanto ao sexo, homens e mulheres podem igualmente ser vítimas da doença. Saiba mais sobre como identificar os sintomas e tratar esse problema.
Causas da disidrose
De acordo com o médico dermatologista José Camilo, a disidrose pode ser psicossomática, mas também por contato ou excesso de suor. Além disso, as lesões são de caráter recidivante, ou seja, elas costumam ir e voltar. “A manifestação é na pele, mas as razões são bastante diversas, podem ser de fundo emocional ou não”, relata.
Muitas vezes, a forma de canalizar o estresse pode ser na pele, diz o dermatologista. Cada um manifesta o quadro de uma forma. “Há pessoas que perdem cabelo e há pessoas que têm disidrose”, exemplifica.
O médico cita entre as causas reações alérgicas a itens como sabão em pó, amaciantes, produtos de limpeza e luvas de borracha. “Nesses casos, além do tratamento, deve haver o afastamento do agente”, recomenda.
Um exemplo: o suor do pé em uma meia lavada com sabão em pó pode desencadear, pelo resíduo, uma reação alérgica. No verão, segundo o médico, os casos também aumentam em função de suarmos mais.
Ainda, certos alimentos podem ter influência sobre casos de disidrose, como enlatados, ingredientes cozidos em panelas de aço inoxidável, arenque, ostras, aspargos, feijão, cogumelos, cebola, milho, espinafre, tomate, ervilha, trigo integral, pêra, chá, chocolate e fermento em pó.
Tratamento do problema
O tratamento da disidrose é feito com corticoides, segundo o dermatologista. De acordo com o médico, primeiro o paciente aplica um creme com o medicamento durante cerca de sete dias. Depois, deve-se seguir mantendo a pele hidratada com cremes à base de ureia como prevenção à reincidência, além de evitar a causa, quando identificada - o que nem sempre é fácil.
Antibióticos e anti-inflamatórios são exigidos somente em casos de complicações, se houver contaminação ou algum processo infeccioso, ou para alívio. Porém, não são casos comuns. O único risco do tratamento é o diagnóstico ser confundido. “Se for um fungo em vez de disidrose, o tratamento pode agravar o quadro”, aponta o médico.
Estudos demonstram que a cura definitiva da disidrose depende da investigação do agente etiológico, ou seja, da causa. Como fatores emocionais, medicamentos, substâncias de contato e outros motivos têm sido relatados como causadores, há maior dificuldade em resolver o problema na origem.
Fonte: Vivo Mais Saudável
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