domingo, 17 de fevereiro de 2008

Já fez seu pilates hoje?


VEJA

Edição 20 de fevereiro de 2008


O nome está por toda parte e todo mundo quer tentar – mesmo sem saber bem do que se trata

Exercício no "cadillac": estica-e-puxa para alinhar a postura

Primeiro veio Madonna, com sua incrível flexibilidade corporal, dizer que, além de ioga, praticava pilates, e o que era um método de exercícios só para iniciados começou a ficar conhecido. Outros famosos se seguiram, de Sting até Danielle Winits, passando pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Transposta a surpresa inicial, os homens pararam de fazer cara de ignorância quando mulheres ou namoradas diziam que estavam indo para a "aula de pilates". Mais surpreendentemente ainda, eles também começaram a aparecer, meio sem jeito, nas sessões de alongamento muito puxado e realinhamento corporal. Todos, claro, munidos de recomendação médica para os onipresentes problemas de coluna. Hoje é difícil encontrar academia ou clube que não tenha algum tipo de pilates no cardápio; tanto o de grife, ou seja, chancelado por professores formados em linha direta pelo criador do método, quanto o, digamos, genérico. Para quem foge à simples menção da palavra ginástica, um resumo: pilates é composto de uma série de exercícios, na maioria praticados sobre aparelhos próprios, numa espécie de coreografia de ângulos exatos que, sustentada na respiração e na contração da região do abdômen, tem o objetivo de flexibilizar e rearranjar os músculos que sustentam a coluna e definem a postura. Complicado de descrever, e de fazer, mas potencialmente salvador. "É altamente recomendado a pacientes que têm problemas nas costas por má postura ou falta de alongamento – ou seja, a maioria", diz o reumatologista Daniel Feldman, professor da Universidade Federal de São Paulo.

Muitos dos "pilates" de hoje seriam quase irreconhecíveis para o alemão Joseph Pilates, que primeiro desenvolveu o método em proveito próprio (foi uma criança raquítica e asmática) e mais tarde, como enfermeiro na I Guerra Mundial, o aplicou na reabilitação de soldados com problemas de mobilidade por causa de ferimentos. A partir das camas hospitalares, Pilates inventou equipamentos como o reformer, um carrinho preso por molas e cordas, e o "cadillac", uma espécie de maca equipada com alças e barras. Em 1926, ele se mudou para Nova York e abriu o primeiro estúdio, que tocou pessoalmente até morrer, aos 87 anos. No Brasil, sua cartilha de mais de 1.000 exercícios é fiel e devotamente reeditada pela chilena Inelia Garcia, dona da franquia nacional do The Pilates Studio, com quarenta unidades e cerca de 6.000 alunos. Inelia foi treinada nos Estados Unidos por Romana Kryzanowska, americana que aprendeu a técnica com Papa Joe (como era chamado) e se considera sua única sucessora legítima. "As academias compram os equipamentos e põem as pessoas para fazer ginástica localizada, que não tem nada a ver com o método", indigna-se Inelia. "Na verdade, cada aluno que virou instrutor teve sua própria vivência e visão, apesar de todos fazerem aula no mesmo espaço. Cada um criou sua linha de trabalho, que teve seus filhotes", contemporiza a baiana Alice Becker, pioneira da prática no país e fundadora do Physio Pilates, que tem parceria com vinte centros no Brasil e um na Argentina. Na opinião de Alice, "é tudo pilates, sim". Quer dizer, quase tudo. Jumpilates (intercalar três minutos de pulos com um minuto de pilates ou coisa parecida), iogilates (pilates aliado a meditação) e swim pilates (na piscina) têm muito pouco a ver com a receita do fundador alemão. A distância fica maior ainda quando, à coreografia do pilates, toda pensada para esticar e alongar, se misturam os pesos e a força da musculação, que caminha na direção exatamente oposta. O gosto pelo modismo costuma ser maior do que a preocupação com a pureza. Na academia Bio Ritmo, que oferece uma adaptação da modalidade há cinco anos, 60% dos alunos de ginástica aderiram e a oferta pulou de duas aulas semanais para cinco por dia. Afinal, se Madonna faz, deve ser bom.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

Pilates promete fim das dores, postura e redução de medidas

Data: 21/11/2007
Município: - Rio de Janeiro

Extraído de : Jornal da Manhã
http://www.jmonline.com.br/?canais,11,07,516


Com foco, principalmente, na consciência corporal e o objetivo de trabalhar o fortalecimento muscular e o alongamento, a prática de Pilates hoje é uma atividade muito procurada por atletas, homens, mulheres, crianças, idosos e jovens. Não há restrições. Qualquer pessoa pode aderir a esse método de exercício, após avaliação das condições de saúde, segundo o fisioterapeuta Júlio César Sousa Ribeiro.


O Pilates é realizado em três níveis: básico, intermediário e avançado. A evolução depende de cada praticante, não havendo tempo predeterminado para cada nível. Os exercícios vão desde os de solo, até os mais avançados, nos aparelhos.


Para quem busca um corpo bonito, Júlio César observa os resultados oferecidos pela técnica. Conforme ele, a redução de medidas com a prática de Pilates fica evidente nas primeiras sessões. E explica que o trabalho feito é justamente no fortalecimento de toda a musculatura abdominal, assoalho pélvico e paravertebrais. "É o que chamamos de cinturão de força, o power-house. O foco é na altura do umbigo, o que acaba fortalecendo essa região", explica.



O fisioterapeuta não tem dúvidas. Garante que o Pilates é um exercício completo. "Trabalhamos a concentração, coordenação, equilíbrio, relaxamento e, principalmente, a respiração", enumera. Ele afirma que até mesmo pessoas com pouca mobilidade, obesas ou sedentárias, podem praticar Pilates, já que os exercícios são totalmente voltados para o equilíbrio, acompanhando o ritmo de cada pessoa, embora ministrado em grupo.



Indicações. O Pilates, segundo Júlio César, é indicado para todos os tipos de dores, como lombares e originárias da hérnia de disco. Os exercícios abdominais, no dito power-house, diz o especialista, oferecem mais estabilidade à coluna, fazendo as dores desaparecerem. "A prática mistura muitas atividades, com ioga, balé, dentre outras, que buscam o equilíbrio e o bem-estar", conclui.