quinta-feira, 6 de maio de 2010

No Pilates, bem-estar e saúde andam juntos



Qualidade de vida é o que o Pilates proporciona a seus adeptos. O método se destaca por ser uma fisioterapia que atua também como exercício físico, alongamento e fortalecimento, principalmente, do abdômem e da coluna. “Como reabilitação trabalha a postura e as dores musculares”, explica a fisioterapeuta Vanessa Sguissardi, que ministra aulas no Instituto Brasileiro de Coluna, único local em Guarapuava a dispor do sistema de movimentos que ajuda a reorganizar o corpo de forma dinâmica. “Os exercícios aliam técnicas de respiração e flexibilidade, trazendo inúmeros benefícios para o paciente, além da postura correta e da diminuição das dores, tonifica a musculatura”, aponta.

Desenvolvido pelo treinador físico Joseph Pilates, em 1926, o método pode combinar exercícios simples com equipamentos especiais e é indicado para qualquer pessoa, de qualquer idade, interessada em melhorar o seu condicionamento físico e ter um corpo perfeito e saudável. Para mulheres na faixa dos 30 anos pode beneficiar a relação sexual, uma vez que estimula a contração dos músculos da pélvis, uma região que como outras partes do corpo também sofre com a flacidez. Exercitar essa parte, o quanto antes, ajuda no combate à flacidez, útero caído e incontinência urinária. No caso de uma gestação, a prática dos exercícios auxilia no sustento de peso do bebê. “O fortalecimento dessa região garante benefícios para quem deseja fazer parto normal, ou mesmo para pessoas acima de 30 anos, que costumam apresentar flacidez nessa área”, explica a especialista. De acordo com a fisioterapeuta, o Pilates ajuda na coordenação motora e no equilíbrio do paciente, o que traz alívio do stress e das dores. “A mobilização de vários músculos ao mesmo tempo, juntamente com a respiração correta, garante que corpo e mente trabalhem juntos”, observa. Segundo ela, o segredo é trabalhar, de maneira equilibrada, um conjunto de músculos, como barriga, glúteo e coxas. Em todos os exercícios há a contração do ‘centro de força’ corporal, que inclui abdômen, músculos do assoalho pélvico (como períneo) e parte interna da coxa. “Quem pratica uma aula de pilates tem a impressão de ter feito abdominais o tempo todo, porém, trabalhando simultaneamente braços, costas ou panturrilhas”, aponta. A maioria dos alunos é composta de mulheres que também buscam definição da musculatura, mas sem a aparência atrofiada gerada pelo excesso das academias. Segundo Vanessa de Oliveira, o método trabalha o corpo como um todo, diferente de uma academia, que trabalha só perna, depois só braço. A especialista em ortopedia, traumatologia e desportista, explica que o Pilates proporciona mais qualidade de vida, porque não trabalha com pesos, apenas com o próprio corpo.


“Os exercícios são realizados de forma devagar, com movimentos econômicos e organizados, desenvolvendo a flexibilidade e a força. Assim, tonifica os músculos sem aumentar a massa corporal, uma vez que não utiliza pesos. Não ganha massa muscular, mas define bastante”, conta. Em um exercício, por exemplo, mantem o abdômen e os glúteos contraídos, a coluna alinhada e as pernas abertas e alongadas, enquanto sincroniza com a respiração os movimentos dos braços e do corpo. O método não tem contra-indicações e pode ser praticado tanto por indicação médica, como para prevenção. “Muitos médicos indicam o Pilates como tratamento para alívio de tensões da coluna e lesões. E os benefícios do método ajudam a prevenir e reduzir os riscos de uma futura lesão e na questão da postura, ainda mais que hoje as pessoas são muito sedentárias, trabalham sentadas em frente ao computador. Além disso, quando a pessoa vai ficando mais idosa vai perdendo o equilíbrio e a coordenação motora, por isso é bom ir fazendo pilates de forma preventiva”, destaca a fisioterapeuta.

O Pilates também pode ser um tratamento eficaz para quem apresenta dores crônicas, depressão, ansiedade, e até doenças como o Mal de Parkinson, fibromialgia e osteoporose. “O ponto alto do método é a reorganização do corpo”, frisa.


Texto: Andréa A. Alves

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