segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

RPG (Reeducação Postural Global) é uma das mais eficientes ferramentas da fisioterapia para quem quer se livrar das dores no corpo e praticar uma atividade física

Por Fabiana Grillo

Dores nas costas, no quadril, nos tornozelos, nos ombros... Com certeza, você já deve ter sentido algumas delas. “O corpo funciona em cadeias musculares. Uma lesão em determinado lugar gera compensações em outros. Ou seja, quando alguma parte do corpo dói ou está muito tensa, todo o conjunto reage para compensar e a musculatura acaba se contraindo, curvando ou entortando.
“E o sobrepeso é mais um agravante desse quadro”, explica o fisioterapeuta Oldack Borges Barros, presidente da Sociedade Brasileira de RPG (Reeducação Postural Global). Para aqueles que nunca ouviram falar, RPG é uma atividade indicada a pessoas de qualquer faixa etária. Ela trabalha duas vertentes: a reeducação postural e as lesões articulares. O tratamento é individualizado e visa enrijecer e alongar a musculatura, buscando reeducar a postura e aliviar dores. As posturas são feitas juntamente com exercícios respiratórios orientados pelo fisioterapeuta. “Eu sempre digo que a RPG transforma o impossível em possível porque entendemos que cada indivíduo tem sua fisiologia, o que significa que as patologias se manifestam de formas diferentes. “Por isso, não tratamos a doença e sim o paciente”, enfatiza o fisioterapeuta.
Quem procura o profissional especializado em RPG apenas por uma questão estética – para reeducar a postura, por exemplo – não precisa de indicação médica. Mas se o motivo da visita for alguma lesão, o ideal é que haja acompanhamento médico.
“Independente da queixa, quando os resultados da RPG começam a aparecer, há uma melhora inclusive da auto-estima do paciente”, garante Oldack. Além disso, ele diz que é uma prática que alivia o estresse e melhora a qualidade do sono. No caso do indivíduo obeso, se o problema do sono estiver ligado à respiração ou a fatores músculo-esqueléticos, a RPG também pode ser uma solução.
CAUSA DO PROBLEMA
É na primeira avaliação que o fisioterapeuta identifica a causa do problema.
Para isso ele avalia sete zonas do corpo: cervical, lombar, quadril, joelhos, pés e ombros, além de verificar o fluxo da respiração do indivíduo. “Tudo isso está interligado. Quando há dor tratamos a causa e as conseqüências e quando não há dor identificamos qual zona está mais afetada da normalidade e a tratamos”, explica Oldack Borges. De acordo com o fisioterapeuta, o tratamento se baseia em 12 posturas progressivas para cada grupo muscular. O paciente assume uma posição que deve ser mantida por um tempo pré-determinado (com o treino, a pessoa se acostuma a ficar no “encaixe” certo por minutos). A postura será indicada de acordo com a patologia do indivíduo, isto é, o método é personalizado. “É importante que a pessoa leve para o seu dia-a-dia as técnicas da RPG. Isso quer dizer pegar peso, passar roupa, caminhar e dormir com a postura correta”, ensina o fisioterapeuta. O tratamento pode durar de um mês a dois anos, com sessões semanais de uma hora.
RPG não é massagem, “Apesar de ser uma terapia manual, o método depende da interação entre fisioterapeuta e paciente para a obtenção de bons resultados”, enfatiza o especialista Oldack Borges.
Além de corrigir a postura e sumir com as dores, a RPG fortalece os músculos responsáveis pelo movimento voluntário do corpo e alonga os músculos da estática, que estão em constante atividade para a manutenção da postura. “Isso quer dizer que a musculatura fica mais protegida contra lesões decorrentes de exercícios físicos, por exemplo,”, destaca Oldack. Porém, mesmo com a prática de RPG, o especialista lembra que exagerar na atividade física pode ser prejudicial à musculatura. “O ideal é que a pessoa caminhe, nade e ande de bicicleta, mas não exagere na intensidade e no tempo da atividade.
DOENÇAS QUE A RPG TRATA:
- Ortopédicas: pés planos e cavos, joelhos valgos (para fora) ou varos (para dentro), joanetes, escolioe (desvio da coluna vertebral), dores cervical e dorsal
- Neurológicas: hérnia de disco e labirintite
- Reumatológicas: artrites, artrose, bursite e tendinite
- Respiratórias: asma e bronquite
- Somáticas: estresse, distúrbios circulatórios e digestivos
- Ocular: estrabismo

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cardiologista alerta sobre cuidados que foliões devem ter no carnaval

Carnaval de rua no Parque da Luz, o bloco Pholia da Luz anima os foliões paulistanos e levanta cidade neste final de semana - Divulgação

Não esquecer da hidratação é o primeiro cuidado que os foliões devem ter na época do carnaval para garantir aproveitamento máximo e prevenir doenças indesejáveis que podem estragar a festa.

A cardiologista Isa Bragança, especializada em medicina do esporte, disse que nesta época de verão, as pessoas, às vezes, se esquecem de beber água, que hidrata, e ingerem muito álcool, café, mate e chá, “que desidratam”.

- Hidratação é água ou isotônico, água de coco.

Ela referiu-se ao excesso de comida em viagens, que pode ser prejudicial aos foliões. A ingestão de alimentos aos quais a pessoa não está acostumada pode acarretar problemas, somados à desidratação.

- Você pode ter uma diarreia, uma gastroenterite. Vale então ter cuidado com a alimentação. O ideal é que você coma o que está acostumado.

A médica lembrou que isso se aplica, principalmente, a alimentos feitos na rua. Em relação à água, observou que nunca se deve aceitar beber água cuja embalagem esteja aberta

- Você não sabe de onde vem aquela comida. Ela [a embalagem da água] deve ser vedada, lacrada, para evitar alguma infecção intestinal.

A cardiologista advertiu também para que as pessoas evitem gorduras e frituras, além de frutas que ficam expostas ao sol.

- Tudo que fica exposto ao sol perde os nutrientes. Além disso, você estará comendo uma caloria vazia que ainda vai fazer mal.

Sobre vestimentas, a recomendação é para evitar fantasias de tecidos ásperos e secos, com muita renda, fitas, que podem desenvolver alergia.

- Podem complicar, dar edema ou fechamento de glote e levar o folião ao pronto-socorro.

O mesmo se aplica à maquiagem em crianças e às roupas fechadas ou pretas, que não transpiram.

Outro alerta diz respeito ao perigo de lesões no carnaval. Segundo a especialista, as mulheres, em especial, devem evitar fantasias com sapatos ou sandálias de salto alto.

- Para não ter nenhuma lesão de tornozelo, de joelho, complicação ortopédica, que são muito comuns nessa época.

O calçado ideal para quem vai pular em blocos de rua é um tênis confortável ou sapato sem salto.

O uso de bebida alcoólica deve ser moderado. O ideal para os homens, segundo Isa Bragança, é tomar 30 mililitros (ml) de álcool e para as mulheres, 15 ml.

- Isso para quem está acostumado a beber. Quem não está acostumado, não deve beber nada que contenha álcool.

Ela esclareceu que essa é a dose que não é prejudicial ao organismo. Ainda sobre bebida alcoólica, a dica dada pela cardiologista é que para cada copo de álcool, o folião deve beber dois de água, “para poder diluir esse álcool”. E, se beber, não dirija, destacou.

Antes e depois da folia, os adeptos do carnaval devem consumir carboidratos, “porque têm muita energia”. Entre eles, a médica citou o macarrão sem molho branco, arroz, a batata cozida, o pão com peito de peru. Sugeriu que junto com o carboidrato, a pessoa pode comer também uma proteína, dando preferência a frango, peixe e ovo. “

- Porque é isso que dá energia, que dá pique, que faz a pessoa ficar em pé”.

Fonte: http://noticias.r7.com/carnaval-2012/noticias/cardiologista-alerta-sobre-cuidados-que-folioes-devem-ter-no-carnaval/

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pilates X Bursite

Nas articulações existem pequenas estruturas com o formato de bolsas que armazenam líquidos sinoviais. São as chamadas bursas, que têm funções de proteção e amortecimento, destinando-se a reduzir o atrito entre os ossos e a evitar que os tecidos moles ao redor (musculaturas, ligamentos e tendões) sofram pressão excessiva.
Em decorrência de variados motivos as bursas podem sofrer inflamações, instalando-se assim, as denominadas bursites. Dentre as principais causas das bursites destacam-se os traumatismos locais, o excesso de movimentos repetidos, as lesões por esforços musculares, as artroses e demais problemas articulares.

Quando ocorre uma bursite, as paredes da bursa atingida tornam-se mais espessas e passam a produzir mais líquido. Isso resulta em inchaço local, rigidez, irritação da pele, compressão das estruturas adjacentes e dores, sentidas principalmente ao movimentar a região afetada.

O corpo humano possui várias bursas, distribuídas em locais estratégicos. Algumas delas apresentam maior incidência de inflamações, tais como: cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos, tornozelos, pés e principalmente nos ombros, por ter grande quantidade de bursas contidas nesta região.


Bursites são condições normalmente temporárias, mas podem se tornar crônicas.

A bursite aguda não infecciosa habitualmente é tratada com repouso, imobilização temporária da articulação afetada e um anti-inflamatório não esteróide. Por vezes, podem ser precisos analgésicos mais fortes. Como alternativa, pode se injetar diretamente na bolsa uma mistura de um anestésico local e um corticosteróide. Quando diminui a dor, a prática de exercícios específicos é útil para aumentar o grau do movimento articular.

O tratamento da bursite crônica é semelhante, embora seja menos provável que tanto o repouso como a imobilização sejam eficazes. As bursites que limitam a função dos membros podem ser aliviadas por meio de injeções de corticosteróides juntamente com fisioterapia intensiva, para restabelecer o funcionamento da articulação.

Uma vez controlada a dor, deve ser iniciado o trabalho de prevenção e/ou correção dos fatores causais. Como houve muito desconforto, os movimentos acabam limitados e se dá um quadro de tensão e fraqueza muscular. Comprometendo as atividades da vida diária.

Com a prática do Pilates, a qualidade e o equilíbrio muscular serão enfatizados através de exercícios específicos e holísticos de força, flexibilidade e estabilização.

Os braços, pernas e quadris estarão mais preparados para suas funções, a coluna estará mais alinhada, alongada e fortalecida. Haverá um reequilíbrio dos músculos esqueléticos de forma geral e a ergonomia será otimizada, conduzindo a uma redução considerável dos impactos nas articulações, sobretudo nas bursas, amenizando o atrito e as inflamações.

E por ser uma patologia de frequência recidivante, se não for corrigida as suas causas subjacentes elas podem se desenvolver com mais frequência. Por este motivo, exercícios como o Pilates são muito importantes, ajudam a reforçar os músculos enfraquecidos e restabelecer o grau completo do movimento articular estabilizando e prevenindo dores.

Fonte: Revista Pilates/ClubedoPilates

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Pilates em 11 perguntas

Atriz Regiane Alves num estúdio de Pilates, no Rio. Ela diz que seu corpo ficou mais definido e que a prática melhorou sua postura (Foto: Daryan Dornelles/ÉPOCA)
Mitos e verdades sobre a prática que tem se espalhado pelas academias do país
1- Qual a diferença entre Pilates e ioga?
A ioga é uma prática originada na Índia há mais de 5 mil anos. O pilates é uma técnica ocidental de cerca de 100 anos. Conhecida como um estilo de vida que prega a harmonia entre corpo, mente e espírito, a ioga tem um apelo metafísico. “Os exercícios são uma forma de elevação espiritual”, afirma Shakti Leal, coordenadora do espaço Nirvana no Rio. No pilates, equilíbrio e concentração são questões objetivas. Os movimentos de cada exercício são tão complexos, que é quase impossível executá-los sem uma boa dose de concentração.

2- Pilates é feito no chão ou em aparelhos?
Nos dois. Nos aparelhos, as aulas geralmente são individuais. O aluno tem total supervisão do professor. As molas permitem que cada aparelho se adapte ao corpo e à postura do aluno, sem forçar demais nem machucar. Por esses dois motivos, as aulas com equipamentos são mais indicadas a quem tem algum tipo de lesão.
No chão, é possível fazer aulas em grupos maiores, embora os estúdios normalmente evitem lotar suas sessões. Nas academias, esse número pode chegar a 30 praticantes. Apesar de envolver movimentos livres e sem o auxílio de aparelhos, as aulas no chão, afirmam profissionais da área, não são mais difíceis nem exigem mais esforço. Os exercícios de solo e com aparelhos produzem os mesmos resultados.

3- O Pilates tem os mesmos efeitos da musculação?
Não. Os exercícios do pilates fortalecem, mas não fazem os músculos crescer tanto quanto a musculação. O pilates trabalha mais com a repetição de movimentos e menos com o aumento das cargas. Além disso, as molas usadas nos aparelhos oferecem um tipo de exercício diferente dos executados na musculação. “As molas produzem resistência constante e movimentos precisos”, diz Isabel Sacco, professora de biomecânica da Universidade de São Paulo (USP). “Na musculação, a eficiência do movimento depende do ângulo correto de cada exercício.” Outra diferença é que os exercícios de pilates feitos no chão trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempo, enquanto na musculação cada exercício estimula, normalmente, um músculo por vez.
“O pilates me deu um corpo mais definido e menos inchado”, afirma o empresário Sérgio Sacchi, de 44 anos. Depois de descobrir três hérnias de disco, consequência de anos de exercícios sem alongamento adequado, tinha parado com as atividades físicas. Sacchi conheceu o pilates há dez anos. “Foi a alternativa que encontrei para me exercitar, depois dos problemas na coluna.”


4- Pilates cura hérnia e outros problemas na coluna?
Não existe cura para hérnia ou outras lesões, mas há meios de atenuá-las e reduzir as dores. Médicos e fisioterapeutas indicam pilates como uma boa opção para quem tem lesões na coluna por causa dos exercícios de baixo impacto, do fortalecimento dos músculos abdominais e da correção de problemas posturais. “Indico a prática a meus pacientes, assim como recomendo a reeducação postural (RPG) e a fisioterapia tradicional”, afirma Jamil Natour, professor de reumatologia da Unifesp.
A designer Karina Arruda, de 42 anos, recorreu ao pilates para cuidar da postura. Depois de sua primeira gravidez, há três anos, Karina começou a sentir dores e descobriu uma hérnia de disco. Por indicação médica, procurou as aulas de pilates e, depois de seis meses, parou com os analgésicos. “Não tomo mais nada”, diz. A dona do estúdio onde Karina treina, Luciana Araújo, diz que muitos alunos chegam por indicação médica.

5- Pilates evita lesões futuras?
Não. Para os especialistas, não há como comprovar que o fortalecimento da musculatura do abdome proteja a coluna contra novas lesões. “É uma besteira”, afirma Daniel Feldman, reumatologista da Unifesp. “O fortalecimento desses músculos não evita lesões.”

6- Pilates emagrece?
Não necessariamente. Apesar de alguns exercícios exigirem um grande esforço físico, o objetivo do método não é a perda de peso. Para quem quer emagrecer, atividades aeróbicas são a melhor opção.

7- Pilates faz crescer?
Não. O pilates não acrescenta centímetros mágicos à estrutura óssea de seus praticantes. Mas melhora a postura. Por causa da postura mais ereta, temos a impressão de que crescemos, porque andamos menos curvados.

8- Quais são as variações do pilates?
É um assunto controverso entre os adeptos do método. Ao longo dos anos, os exercícios criados por Pilates foram incorporando novidades e se espalharam pelo mundo. Nas academias, o método ganhou adaptações, como swim pilates (na piscina), jumpilates (que alterna três minutos de pulos com um de pilates), iogilates (pilates e meditação). Os mais puristas afirmam que as variações da técnica criada por Papa Joe não são pilates. Assim, bolas e exercícios na água seriam uma deturpação da prática. “Estão usando o nome de um gênio da forma errada”, afirma Romana Kryzanowska, americana que se considera sucessora de Joseph Pilates. Mas Pilates nunca registrou seu método e Romana não foi sua única discípula.

9- Pilates tem algum perigo?
Assim como acontece com qualquer exercício, o pilates mal executado pode agravar as lesões de quem procura o método com fins terapêuticos ou mesmo causar novas lesões. “Cuidado com professores que defendam uma coluna completamente reta ou que peçam para o aluno ‘encaixar o quadril’, posição em que o quadril se move para a frente e a curvatura lombar tende a ficar mais reta”, afirma Isabel Sacco. Isabel explica que, ao tentar reverter a curvatura normal da coluna, diminuímos sua capacidade de resistir a cargas e a deixamos mais vulnerável a lesões.

10- Pilates pode ser praticado por qualquer pessoa?
Não. Crianças abaixo de 6 anos ainda não têm estrutura óssea, dos músculos e ligamentos completamente formados. Pessoas com osteoporose grave ou com lesões graves na coluna também não devem praticar.

11- Existe algum limite para o número de aulas?
Assim como na musculação, especialistas recomendam que os músculos descansem por 48 horas. Como no pilates a musculatura do core é sempre exercitada, o ideal é alternar os dias. Isso dá uma média de três vezes por semana.

Fonte: Revista Pilates/Época


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Hérnia de disco – A cura nem sempre depende de cirurgia


Vivemos num mundo onde as pessoas quase não têm tempo pra nada. Entre as obrigações e afazeres, entre a casa e o trabalho, entre as responsabilidades e os projetos pessoais, grande parte das pessoas dorme e acorda sem se dar conta do que está acontecendo com o próprio corpo. Nesse ritmo maquínico e selvagem, vamos deixando o cuidado com a saúde sempre pra amanhã. E isso vai minando pouco a pouco o organismo, e quando menos esperamos surge uma enfermidade.


A verdade é que nada surge do nada. Analisando a causa de um problema, vamos perceber que ele começou muito antes. Às vezes por ignorância e falta de informação, às vezes por descuido e falta de atitude. Por isso é importante estarmos atentos e conscientes de como o corpo humano funciona e o que precisamos fazer, como também não fazer, para evitar os males que atrapalham nossa qualidade de vida.

A hérnia de disco nada mais é do que uma ruptura estrutural em um dos discos da coluna, ocorrendo com mais frequência na região lombar ou cervical. E além da dor, ela geralmente inabilita a vítima de exercer suas funções normalmente, impedindo o exercício das atividades diárias mais triviais. E o que o pior: após passar por um diagnóstico médico, muitos são logo encaminhados para a cirurgia, expondo seus organismos aos riscos inerentes a qualquer intervenção cirúrgica, como reações adversas à anestesia e, inclusive, desencadeamento de infecções.

Mas o que o grande público não sabe, e merece saber, é que a cirurgia não é a única solução para esse mal, e muitas vezes é a saída menos indicada. A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos afirma, com base em estudos, que cerca de 90% dos portadores de hérnia de disco podem melhorar através de práticas orientadas e regulares de técnicas como a acupuntura, a fisioterapia, o Rolfing e o RPG (Reeducação Postural Global).

Outros apontados como auxiliares no tratamento são os antiinflamatórios, recomendados para os casos mais críticos, quando o corpo está sentindo crises de dor. Além do uso de analgésicos em certas situações.

"A cirurgia só deve ser uma opção quando não há resposta terapêutica a um tratamento de no mínimo oito semanas envolvendo fisioterapia, outras técnicas e medicamentos", alerta o reumatologista paulista José Goldenberg. É o reconhecimento de que qualquer intervenção cirúrgica oferece muitos riscos ao pacientes, e deve ser evitada a todo custo.

Realizar uma cirurgia pode não ser a cura de todo mal, além de provocar transtornos e desgaste físico-emocional em quem passa por ela. Helder Montenegro, fisioterapeuta do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, avisa que “pelo menos 50% dos pacientes que passam por uma cirurgia voltam a ter dor após dois anos”.

A conclusão é de que não basta procurar um médico, mas sim um especialista com profunda formação na área, para evitar diagnósticos desanimadores e encaminhamento cirúrgico desnecessário. Além de, é claro, manter ininterruptamente uma postura correta, evitar excesso de peso, pois sobrecarregam a coluna, e praticar exercícios físicos regularmente sob orientação de um profissional experiente.

Fisioterapia

Tratamento recomendado principalmente para o relaxamento e a reeducação postural, desenvolvendo atividades em cima das posturas ideais para desempenhar cada tarefa da rotina diária. Evita que problemas pequenos se tornem grandes.

Acupuntura

Indicado como complementar de outras terapias e apenas para problemas em estágio inicial. O tratamento à base das agulhas tem efeito analgésico nesses casos. Sua especialidade é aliviar dores e desbloquear terminais de energia espalhados pelo corpo. A energia estagnada sobrecarrega os nervos, assim como os nervos debilitados sobrecarregam a coluna. É nesse ponto que vai bem o auxílio da milenar terapia oriental.

Rolfing e RPG

O Rolfing trabalha o alinhamento do corpo humano em relação às forças de gravidade, através do autoconhecimento e percepção corporal. O RPG trabalha na identificação dos vícios posturais e descoberta de suas origens, vendo as reações que o corpo toma diante de dores e traumas. Ambos são muito úteis no fortalecimento das vértebras, gerando flexibilidade e maior capacidade de movimentos.

Antiinflamatórios

Quando a situação está realmente grave, os terminais nervosos, a musculatura, as articulações e os ligamentos ficam contraídos pela inflamação, causando mais dor que o suportável. Os antiinflamatórios são bem úteis nesse caso.

Exercícios físicos

Fortalecer os músculos, em especial o grupo abdominal, é primeiro passo pra quem quer ficar longe dos problemas de coluna. Mas também é excelente no tratamento de quadros iniciais de hérnia. Mantendo cuidado de realizar exercícios leves, consciente das áreas debilitadas, é possível reforçar músculos e tendões que circundam as vértebras e impedir o avanço da doença.

Fonte: www.vivaviver.com.br/plano_geral/hernia_de_disco_a.../288