A Síndrome de fibromialgia é uma doença do sistema nervoso central que afeta em quase sua totalidade as mulheres acima de 30 anos. Facilmente confundida e pouco entendida, caracteriza-se por frequentes dores musculoesqueléticas e tendinosas de forma generalizada, difusa e crônica. Ainda, a síndrome apresenta hipersensibilidade em múltiplos locais, fadiga, rigidez matinal, sono perturbado, ardência, dor em pontadas, câimbras,e algumas vezes, com queixas vagas de sensação de inchação ou parestesias que podem variar com a hora do dia, tipo de atividade, clima, padrão de sono e estresse. Além disso, é possível que haja cefaléias e enxaquecas, dor abdominal, constipação alterando-se com diarréia e irritabilidade na bexiga. Entretanto, não se encontra anormalidades bioquímicas, imunológicas ou anatômicas constantes na fibromialgia, assim como não há deformidades e comprometimento das articulações e dos movimentos.
Esta condição é considerada uma síndrome porque engloba um conjunto de manifestações que podem ocorrer simultaneamente em diferentes doenças.
A causa e os mecanismos que provocam esta doença não estão perfeitamente esclarecidos. Sabe-se que o sono prejudicado altera funções fundamentais como a produção de serotonina e outros neurotransmissores provocando mudanças de humor, desânimo, maior sensibilidade aos estímulos dolorosos, e que também podem estar relacionados com a diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados na fibromialgia. Então, é possível que haja relação entre a fibromialgia e algumas formas de depressão e de ansiedade.
Ainda, há especulações de que a fibromialgia pode ser premonitória de psicose ou hipotireoidismo. Devido à maior sensibilidade das pregas cutâneas nesses indivíduos, várias tentativas de demonstrar a existência de anormalidades periféricas localizadas foram realizadas, assim como a especulação de que a fibromialgia seja um distúrbio da modulação da dor.
O tratamento da fibromialgia pode incluir medicações para diminuir a dor e melhorar o sono, como por exemplo analgésicos e amitriptilina em pequenas doses. Ainda, costuma-se prescrever antidepressivos que agem sobre a serotonina e têm efeito analgésico no sistema nervoso central. Porém, é indispensável o acompanhamento de um médico especializado para a admnistração do tratamento medicamentoso, além de ser importante manter a prudência no que se refere ao uso excessivo de medicamentos para a ansiedade ou induzir o sono. É importante que o paciente procure informações sobre esta condição e se observe em direção ao auto-conhecimento, para melhor entendimento do programa terapêutico.
Também, é fundamental a prática de exercícios físicos orientados por profissionais capacitados, visando entre outros, o condicionamento muscular e manutenção da amplitude aticular.
O método PILATES, por sua vez, age como um grande aliado aos casos de fibromialgia. Pois o fortalecimento e alongamento muscular estão presentes a todo momento nos exercícios de forma holística, suave, e progressiva, sempre respeitando a fisiologia muscular e biomecânica articular. Através do direcionamento dos programas de exercícios de PILATES para cada caso de fibromialgia, observa-se o alívio da dor, a restauração da amplitude de movimento e da flexibilidade, bem como a melhora da capacidade de se concentrar e executar as atividades da vida diária, muitas vezes prejudicadas pela doença, assim conduzindo a uma qualidade de vida otimizada. Ainda, por apresentar um ambiente mais tranquilo e uma conexão da mente com o corpo, somados às técnicas de respiração, movimentos fluidos e centralizados, também se dá a promoção do relaxamento, diminuido a tensão muscular. A liberação de hormônios e neurotransmissores são estimuladas, e ao término de uma aula de PILATES, o indivíduo se sentirá revigorado, com uma sensação de bem-estar, e ainda observará melhoras no sono. Então, há a possibilidade de diminuição da dosagem dos medicamentos.
Fonte: Flexus pilates
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