segunda-feira, 15 de abril de 2013

Qual a diferença entre dor crônica e dor aguda?

A dor aguda tem uma função clara de proteção. Quando alguém coloca a mão no fogo, até mesmo milésimos de segundos antes da percepção consciente da dor, a pessoa retira o braço do estimulo ameaçador. Dificilmente uma pessoa coloca a mão no fogo duas vezes, porque a dor aguda também ajuda a memorizar ameaças para evitar exposições futuras.


Como podemos classificar as dores? Quantos tipos de dor existem e quais são elas?
A dor pode ser classificada de muitas formas. Quanto ao tempo de duração: aguda, recorrente e crônica. Existem outras classificações como aquela relacionada à origem: nociceptivas (de origem somática ou de origem visceral) e a não-nociceptiva (origem neuropática ou origem psicogênica).
Quais as diferenças entre dor crônica e dor aguda?
A dor aguda tem uma função clara de proteção. Quando alguém coloca a mão no fogo, até mesmo milésimos de segundos antes da percepção consciente da dor, a pessoa retira o braço do estimulo ameaçador. Dificilmente uma pessoa coloca a mão no fogo duas vezes, porque a dor aguda também ajuda a memorizar ameaças para evitar exposições futuras. A dor aguda também faz a pessoa pensar em algumas opções para solucionar o problema como procurar ajuda de um profissional, por exemplo. Uma dor no ombro, por exemplo, faz os músculos contraírem ou relaxarem para manter o membro em repouso e permitir a recuperação inerente do corpo humano.
Uma dor é considerada crônica quando aparece várias vezes na semana e dura mais do que o período comum de recuperação (3 ou 6 meses dependendo do tipo de dor). Esse critério de classificação é muito vago. Como os achados físicos não conseguem explicar a presença de algumas dores crônicas e não conseguem justificar a complexidade da experiência da dor das pessoas, atualmente classifica-se uma dor crônica também pela presença de fatores psicossociais envolvidos. Sabemos através de estudos neurofisiológicos que uma dor crônica perde seu caráter de proteção. As células nervosas tornam-se facilmente estimuladas e algumas vezes espontaneamente ativadas, mesmo sem a presença de estímulos ameaçadores para o tecido. Por isso a dor crônica parece ser um processo de memória estabelecido e mantido por uma combinação de fatores que influenciam essa “trama” neural relacionada à dor.



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