quinta-feira, 6 de junho de 2013

Síndrome do piriforme

A síndrome do piriforme é uma síndrome neuromuscular que envolve a irritação, encarceramento ou compressão do nervo ciático (raízes L4, L5, S1,S2,S3) pelo músculo piriforme, o qual encontra-se em espasmo ou tensão. A dor pode ocorrer devido ao déficit do aporte sanguíneo local e do espasmo ou tensão muscular mantida em determinada postura. O desconforto, caracterizado por formigamento, agulhadas, choques, queimação ou pontadas localiza-se normalmente na face póstero lateral na coxa, podendo, algumas vezes ir até o pé, já que o nervo ciático se divide em tibial que atravessa a panturrilha e vai até a sola do pé ou na parte lateral do joelho provocado pelo nervo fibular comum. O incômodo é mais freqüente após longos períodos sentados, após interrupções nas caminhadas e à noite.

O piriforme é um músculo pequeno e profundo, em formato de pêra, origina-se na face anterior do sacro, insere-se no trocânter maior do fêmur tem como função a rotação externa da coxa. O nervo ciático passa debaixo deste músculo, mas em algumas pessoas (10%) ele passa através dele, o que aumenta a predisposição para a síndrome.
Um desequilíbrio muscular entre os rotadores internos e externos do quadril contribui para encurtar o piriforme, além de desequilíbrios da pelve, traumas diretos ou indiretos, distúrbios na biomecânica dos membros inferiores e coluna, incluindo distúrbios na marcha, vícios e alterações posturais também podem causar a síndrome.


Alguns especialistas chamam a síndrome do piriforme de "Síndrome do bumbum sarado", pois pode ocorrer também nas pessoas que exercitam demasiadamente os glúteos.
O diagnóstico é controverso desde a sua descrição inicial, em 1928, sendo eminentemente clínico; feito pela anamnese e exame físico detalhado. O “teste do piriforme” é de grande valor diagnóstico e consiste me resistir à rotação lateral do quadril. É positivo quando o paciente refere dor. Podem também ser solicitados, dependendo do caso, exames complementares como ressonância magnética, ultrassonografia, radiografia e eletroneuromiografia.


São diagnósticos diferenciais: bursite, lombalgia, tendinite dos flexores da coxa e ciatalgia.


O tratamento consiste em analgesia (Recursos físicos e farmacológicos), alongamento do piriforme e fortalecimento da musculatura do quadril a fim de se obter equilíbrio muscular. Não adianta somente utilizar recursos físicos para a analgesia sem promover mudanças posturais, de hábitos e fortalecimento e alongamento muscular.


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