As gestantes de hoje podem se considerar sortudas, pois elas conseguem optar, na maioria dos casos, pelo tipo de parto que terão, se sentirão as dores das contrações, sabem como será a recuperação, a anestesia aplicada, e ainda escolhem o hospital e o especialista responsável. Antigamente, o mais comum era ter os filhos em casa, com poucos recursos e ajuda de parteiras. Com tantas possibilidades, as mamães devem saber que não há regras rígidas, mas a decisão deve ser tomada durante o pré-natal com o auxílio de um profissional de saúde para evitar riscos, tanto para as grávidas como para os seus filhos. “A mulher deve se informar sobre os prós e contras de cada método com seu obstetra e decidir o que é mais adequado. O parto é uma escolha individual”, afirma Marcelo Burlá, da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (SCORJ). Conheça cada tipo de parto:
Parto normal
Inicia-se com contrações uterinas de leve intensidade, com intervalos a cada 5 minutos. Elas vão aumentando e os intervalos, diminuindo. A maioria das mulheres teme essa dor, mas especialistas garantem que com anestesia e técnicas de relaxamento o parto é suportável, embora possa durar cerca de 10 horas. Para facilitar a saída do bebê, pode ser realizado um corte no períneo (músculo que divide a vagina e o ânus). A anestesia pode ser a raquianestesia ou peridural, que mantém a mãe consciente, mas insensível à dor. Às vezes é necessário o parto de alívio (fórceps), no final do nascimento, quando as contrações são insuficientes: usa-se um instrumento cirúrgico para retirar o bebê. “A recuperação é mais rápida e favorece o aleitamento materno. Para quem pretende ter mais de dois filhos é a melhor opção. A desvantagem é a possibilidade de lesões no canal de parto”, Olímpio de Moraes, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Parto cesariana
Recomendado quando há riscos para a mãe ou o bebê, esse tipo de parto é a preferência nacional. Além da dor, algumas mulheres temem por sua sexualidade em razão de eventual corte. Mas, às vezes, os partos acontecem antes do tempo e os recém-nascidos apresentam desconfortos respiratórios. “Não há como negar que esse tipo de parto foi um avanço, mas é uma cirurgia, e por isso envolve um risco que precisa ser ponderado”, diz Eduardo de Souza, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital São Luiz (SP). A gestante chega até o hospital sem dor, recebe a anestesia e é colocada uma tela na região do peito que impede que ela assista ao parto. O médico corta sete camadas até chegar ao útero por uma incisão de 10 centímetros feita acima dos pelos pubianos. O bebê é retirado e o corte é suturado. A recuperação é lenta, acompanhada de dores e distensão abdominal.
Parto humanizado
A gestante também tem o direito de ter seu bebê em casa, mas ela é responsável legalmente por essa opção. O termo parto humanizado significa respeitar a fisiologia do trabalho de parto, sem intervenção médica. Manobras naturais de postura, massagens e alongamentos atuam como forma de amenizar o processo doloroso das contrações e da dilatação. Algumas mulheres optam por ter o bebê na água, de cócoras, para amenizar as dores das contrações. Há também hospitais que oferecem esse tipo de parto. “Humanizar o parto é dar o direito à privacidade, é ter o acompanhante de sua escolha, é permitir que a parturiente se alimente, é ter liberdade de movimentação, evitando-se ficar deitada, é dar direito de a parturiente escolher a posição de parto, com poucas intervenções”, opina Marcos Tadeu Garcia, Diretor da Clínica de Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia do Hospital Ipiranga (SP).
Fonte: fisioterapia.com
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