sábado, 14 de setembro de 2013

A intervenção da fisioterapia no cancro de mama faz a diferença

O cancro de mama apresenta um elevado impacto na nossa sociedade, sendo o cancro mais frequente e com maior taxa de incidência em Portugal. No dia de hoje, 11 a 13 mulheres serão informadas de que têm a doença. Um total de, aproximadamente, 4500 novos casos a cada ano, apenas no nosso país (dados do Portal de Oncologia Português). Olhando além das estatísticas, importa perceber que o cancro de mama e as intervenções inerentes ao seu tratamento, tais como a cirurgia e as terapias coadjuvantes (quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e hormonoterapia), estão associados a uma ampla diversidade de sequelas físicas e psicológicas que podem condicionar a vida das pessoas ao longo de vários anos, mesmo após o fim dos tratamentos. São disto exemplo complicações como a dor, fadiga, presença de cicatrizes, diminuição das amplitudes articulares e força muscular do membro superior, desenvolvimento de linfedema, alterações posturais, alterações da pele e da sensibilidade, entre outras.

O fisioterapeuta surge como o único profissional de saúde vocacionado para a avaliação e tratamento destas complicações, explorando as necessidades de cada utente e aplicando técnicas de intervenção específicas que são vitais para a sua autonomia e qualidade de vida. Assume um papel central na optimização da funcionalidade da pessoa com cancro de mama, tendo em conta a interação de factores físicos, psicológicos e sociais.

No Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Fisioterapia direcionada para o tratamento deste tipo de condições distingue-se pelo seu carácter individualizado de educação e suporte. Seguindo as diretrizes internacionais, procuramos realizar uma prática centrada no utente, que vai ao encontro às suas necessidades, objetivos e expectativas e potencia a melhor reintegração e desempenho na vida diária e no retorno à atividade profissional.

Através de técnicas específicas que incluem movimento, exercício, drenagem linfática manual, relaxamento e educação, a intervenção da Fisioterapia nesta área visa a prestação de cuidados de saúde efetivos que se baseiam no conhecimento da investigação atual. Apresenta como objetivos primordiais a readaptação funcional de acordo com as exigências de um novo esquema corporal e o desenvolvimento de estratégias de autogestão que reduzem a probabilidade de futuras complicações, tendo sempre como finalidade a melhoria do bem-estar físico e emocional de cada pessoa.

Apesar da conotação extremamente negativa de que o cancro de mama é alvo na nossa sociedade, existem cada vez mais meios para combatê-lo e os profissionais de saúde representam uma parte crucial de todo o processo. No CMRA, os fisioterapeutas desta área assumem um compromisso de dedicação aos seus utentes, pois são eles que nos permitem fazer a diferença.

Fonte: fisioterapia.com

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