Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , somente no Brasil há 35% da população sofrendo com algum tipo de alergia. As alergias mais comuns são as respiratórias, que se agravam ainda mais no inverno, mas há também as de pele, alimentares, picadas de insetos, medicamentos, entre outras. “A pessoa alérgica é aquela que reage a um determinado estímulo que é considerado normal para as outras pessoas”, diz a alergista e imunologista Ana Paula Castro, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Tipos de alergia
Alergia a alimentos
“Alguns dos principais sintomas são inchaço ou coceira nos lábios, diarreia, vômitos e até mesmo rouquidão. A alergia alimentar geralmente começa na infância, mas pode ocorrer em qualquer idade. Felizmente, muitas crianças se livram delas mais velhas. Entretanto, as alergias a amendoim, frutas secas e frutos do mar tendem a durar a vida toda, em função das substâncias encontradas nesses alimentos. O ideal é procurar um médico caso desconfie que tem algum dos sintomas e evitar os alimentos que causem a reação se a alergia for comprovada”, diz.
Alergias da pele
“As pessoas alérgicas têm a pele normalmente mais seca do que o restante e com a temperatura baixa do ambiente, por isso, com banhos quentes prolongados a pele tende a ficar mais sensível, áspera e irritadiça. Isso piora com o contato de certos tecidos (principalmente no inverno, quando normalmente se usam texturas mais grossas como lãs, felpos, etc). Além de procurar um médico para avaliar a reação, também é válido evitar o uso de muito sabonete nos locais atingidos, para não ressecar ainda mais a pele. A adequada hidratação ajuda bastante na melhora do ressecamento”, explica.
Alergias respiratórias
“As alergias respiratórias são causadas por alérgenos presentes no ar, que contaminam o ambiente. Entre eles estão a poeira, mofo, ácaros, pólens de plantas, entre outros. Geralmente causam espirros, coriza, coceira nos olhos, falta de ar, tosse e dores de cabeça e podem desencadear doenças como a rinite, asma e a sinusite. Roupas, cobertores e edredons guardados por muito tempo também podem conter uma concentração maior de ácaros e mofo e desencadear crises respiratórias, portanto, devem ser lavados e arejados com frequência”, alerta.
Alergias a medicamentos
“Reações adversas a medicamentos são comuns e variam de efeitos mais moderados, como náuseas e vômitos, à anafilaxia (dificuldades respiratórias). Normalmente os principais sintomas das alergias medicamentosas são coceira na pele ou olhos, erupções cutâneas, inchaço dos lábios, língua ou rosto e urticária. Se a pessoa perceber qualquer sintoma após o uso de um medicamento, deve procurar seu médico, que avaliará se é um efeito colateral do medicamento ou uma reação alérgica”, orienta.
Alergia a picadas de insetos
“A alergia a picada de insetos, também conhecida como estrófulo, ocorre com mais frequência em crianças até 10 anos. Os sintomas são lesões da pele, onde comumente aparecem pápulas (bolinhas) sobre uma área da pele avermelhada. Algumas vezes, dependendo da sensibilidade da pessoa, toda região do corpo pode ficar inchada e vermelha. O número de lesões é variável e a coceira é sempre muito intensa. Normalmente os insetos que mais causam alergias são pernilongos, borrachudos, formigas, carrapatos e pulgas. Deve-se evitar coçar o local pois isso pode gerar manchas, cicatrizes e até mesmo uma infecção por bactérias (que são trazidas pelas unhas, quando se coça a região)”, diz.
Pelos de animais
“Quando se fala em alergia a animais, muitos associam a causa do problema aos pelos. Mas aí está um dos principais mitos, pois na realidade o problema é o grande aumento de ácaros no ambiente, causado pela presença dos bichos. Isso ocorre porque, além de pelos, os animais soltam muita pele – e o ácaro, que se alimenta disso, procria rapidamente e contamina o ambiente. É recomendável evitar que ambientes com animais tenham muitos tapetes e móveis estofados e que os animais durmam no mesmo ambiente que a pessoa alérgica”, explica.
Fonte: Bolsa de mulher
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