A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) não aprova o seu uso, considerando-o um objeto não seguro. Alegam o risco da queda ser o principal dos fatores. O andador não tem freio e o bebê dentro dele não consegue parar até encontrar um obstáculo que pode ser um degrau ou até mesmo uma escada. Neste caso, o risco geralmente é fatal. No Brasil, infelizmente, ainda não há uma legislação que proteja as nossas crianças e apesar do alerta de muitos fisioterapeutas e pediatras, o produto ainda é facilmente encontrado nas lojas.
Eu sei que algumas mamães dizem que já usaram com seus filhos e nada aconteceu, que o bebê teve seu desenvolvimento no andar normal. Muitas não ficam facilmente convencidas e ainda dizem que no andador o bebê fica seguro e elas podem fazer a comida, que eles aprendem a andar mais rápido, que ficam independentes, etc, etc e etc. Pois é, o andador é um costume antigo usado geração após geração e desta forma, difícil de ser esquecido. Porém, várias pesquisas já comprovaram que ele NÃO é adequado e NÃO faz nenhum bebê andar mais rápido.
Se ele andou antes do tempo, foi devido a capacidade motora e estrutural do seu bebê, ou seja, bebês conhecidos como “precoces”.
Existem hoje no mercado, os andadores frontais, que podem ser usados e que vão “auxiliar” o seu bebê a andar. É aquele brinquedo que a criança fica em pé atrás e o empurra para frente. Neste, o bebê fica na posição mais correta da marcha e livre para sair a qualquer momento. Vale lembrar que toda criança deve ter a supervisão de um adulto sempre em qualquer situação.
Não é lindo acompanhar o desenvolvimento da criança? É uma das fases mais belas que os pais podem vivenciar, não é? A criança aprende por experimentação e repetição. Então, ela precisa de um espaço seguro para brincar e explorar tudo ao seu redor. O bebê que fica no chão pode explorá-lo com liberdade, levantar, abaixar, engatinhar e assim trabalhar muitos músculos do corpo.
Cada etapa do seu desenvolvimento motor vai sendo conquistada e assim ele se prepara para uma próxima etapa. O desenvolvimento motor é um processo evolutivo crescente. Nada de PULAR etapas.
Fonte: Fisioterapia Pediátrica
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