domingo, 8 de março de 2015

Trate a condromalácia patelar com Pilates

Pessoas que sentem dores no joelho ao correr, com a sensação de “agulhadas”, podem estar com condromalácia patelar. Também conhecida como síndrome da dor patelo-femural ou joelho de corredor, a condromalácia patelar consiste em uma espécie de “amolecimento” e consequente degeneração da cartilagem patelo-femural.

O fator mais comum é o traumatismo que pode ser crônico, por fricções entre a patela e o sulco patelar do fêmur, ou agudo, como pancada e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.
“A condromalácia patelar é o resultado de uma lesão da cartilagem femoropatelar que causa fissuras e provoca desconforto e dor ao redor ou atrás da patela”, explica a fisioterapeuta e instrutora de pilates do Fit Body Pilates Spa & Estética, Bárbara Farias. 

SINTOMAS
O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas; Inchaço por baixo da rótula do joelho; Dor constante no meio do joelho; Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.
Ainda é possível que ocorra crepitação e estalos, muitas vezes audíveis, além de edema e derrame intra-articular, ocasionados pelo acúmulo excessivo de líquido sinovial formado no processo inflamatório.
Algumas pessoas têm predisposição a apresentar a lesão devido ao desalinhamento da patela, ao invés da patela percorrer o “trilho” formado pelos côndilos do fêmur na flexão e extensão, ela tende a deslocar-se para as laterais, aumentando o atrito entre os dois ossos. A posição da patela de forma mais alta que o normal também é um fator predisponente. As mulheres costumam ser mais suscetíveis a tal lesão, pois, em geral, possuem o quadril mais largo. Ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.
"A condromalácia patelar pode ser classificada em quatro níveis, por isso é importante o tratamento mais breve possível para que a cartilagem não se desgaste totalmente, levando a sua perda total”, afirma a especialista.

TRATAMENTO
É importante analisar o grau da lesão adquirida, sempre tentando reequilibrar o alinhamento da patela, inicialmente através de tratamento fisioterápico, podendo associar a métodos analgésicos e anti-inflamatórios. A perda de peso, em determinados casos, pode ser recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelo-femural. Em casos graves, muitas vezes é necessário tratamento cirúrgico, em que procedimentos combinados para tratamento do alinhamento patelar e tratamento da lesão da cartilagem podem ser realizados por via “aberta”, artroscópica (vídeo) ou mesmo combinada.
“O Pilates pode tratar o alinhamento patelar e a estabilização do quadro da condromalácia, isso porque o método proporciona exercícios de fortalecimento do quadríceps, alongamento dos isquiotibiais, que se encurtados implicam no aumento do atrito da patela com o fêmur, e são executados exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando sobrecarga na articulação patelo-femural”, afirma a especialista.
Para tal, é preciso avaliar o nível de força e flexibilidade dos grupos musculares do indivíduo, para que se dê início à prescrição do programa de exercícios. No caso da condromalácia patelar são inclusos exercícios de potência, força, alongamento e mobilização do membro inferior, sempre com o cuidado de evitar sobrecarga na articulação em questão

Fonte: Fisioterapia.com

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