Vários são os estudos que investigam a relação entre sedentarismo como fator de risco para diversas patologias. A diabetes é uma delas e está se tornando um grande problema da saúde pública. Praticar Pilates por portadores de Diabetes é de suma importância, baseado em seus benefícios específicos, porém, a prática sem supervisão adequada pode gerar um efeito negativo.
Os diabéticos produzem mais produtos finais de glicolização, isto é, suas moléculas de glicose aderem a várias estruturas do corpo, incluindo a cartilagem e o colágeno, fazendo com que elas endureçam e percam sua flexibilidade normal mais aceleradamente do que os não portadores. Portanto, são mais propensos a limitações articulares, redução da funcionalidade, algias (dores), tendinites, capsulites, entre outras. Apresentam complicações no sistema musculoesquelético, afeta a circulação e a sensibilidade, e em alguns casos há patologias associadas.
O método Pilates surge como forma de condicionamento físico interessado em proporcionar uma conexão entre o corpo e a mente, satisfação e bem-estar ao praticante, através do controle dos movimentos e da respiração. Esta conexão ajuda a baixar o nível de estresse, já que os altos níveis dos hormônios provenientes da tensão aumentam o nível de açúcar no sangue.
O movimento do corpo é realizado de forma global, fluentes e com muito controle, acionando grandes grupos musculares, principalmente os músculos mais profundos. Integra movimentos de flexibilidade com tração articular e resistência muscular. A sequência de exercícios alonga os músculos encurtados, fortalece os músculos fracos e aumenta a mobilidade das articulações. Melhorando a circulação arterial, principalmente nos membros inferiores, região muito afetada nos diabéticos, prevenindo problemas cardíacos, função intestinal e urinária.
Com o aparecimento das algias o diabético pode apresentar desalinhamento postural e posteriormente microtraumas. Esses microtraumas podem gerar um desequilíbrio no corpo em atitudes descompensatórias provocando a disfunção mecânica e estrutural e muito desconforto. Os exercícios do Pilates reorganizam a harmonia corporal e através da tração articular aumentam o espaço articular de qualquer região do corpo. Este aumento de espaço promove o alívio imediato das algias articulares e consequentemente saudável, harmonioso e elegante.
Exercícios resistidos capacitam o músculo a gerar força a uma determinada resistência, o Pilates é baseado neste conceito. Esses exercícios auxiliam na diminuição das taxas de açúcar no sangue e também aumenta a absorção celular da insulina nos diabéticos. No Pilates estúdio a resistência é realizada com o auxílio de molas através dos equipamentos especiais e no Matt Pilates através do peso corporal com a gravidade, pesos livres e outros acessórios.
Com ganho de massa muscular e o aumento do alongamento muscular espera-se uma melhora da absorção da glicose pelos músculos e consequentemente a diminuição da hiperglicemia, um aumento da massa magra auxiliando no controle do peso, importantíssimo para a qualidade de vida do diabético.
O Pilates é considerado exercício anaeróbico, onde é feita a queima do carboidrato (antes de ser convertido em glicose) e gordura mais rápido, aumentando o gasto das calorias, ajudando na combustão da glicose e esta muda a maneira com que o corpo reage à insulina, aumentando a sensibilidade do corpo ao mesmo.
Este gasto calórico depende do grau de dificuldade que o praticante se encontra no Pilates, por isso associar o Pilates ao exercício aeróbico proporciona de forma ainda mais eficaz a reposta no aumento da sensibilidade à insulina e na resposta da ação da insulina. Se além da prática de atividade física, houver um controle alimentar e seguir rigorosamente as recomendações médicas, o diabético terá um importante controle da doença e uma vida muito mais saudável.
O método Pilates apresenta inúmeros benefícios para qualquer indivíduo e sem sombra de dúvida uma ótima opção no tratamento para o diabético.
Fonte: www.redeciadasaude.com.br
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