Demora no diagnóstico pode acarretar em consequências irreversíveis como deformações.
Realidade para 43% dos pacientes brasileiros, a demora no diagnóstico da artrite reumatoide pode acarretar em consequências irreversíveis como deformações e amputação de membros, segundo um estudo realizado em cinco capitais brasileiras.
Durante a divulgação da pesquisa, o médico Cristiano Zerbini, professor da USP (Universidade de São Paulo), disse que "quanto mais precoce o tratamento, menor é o dano estrutural e menor é a incapacidade física dos enfermos".
A pesquisa Não ignore sua dor: pode ser artrite reumatoide foi encomendada pela farmacêutica Pfizer e ouviu 200 pacientes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife, que apontaram a demora no diagnóstico e a falta de informação como maiores dificuldades no combate a doença.
Artrite reumatoide pode acarretar em deformações.
- Normalmente, uma dor nas articulações faz as pessoas irem primeiro a um otopedista, que acaba tratando a reumatose como um trauma.
O médico afirmou que, no Brasil, a artrite reumatoide afeta 2 milhões de pessoas, mas há muito "preconceito e discriminação" em relação à doença. Segundo um relatório da Pfizer, entre fevereiro de 2014 e o mesmo mês em 2015, 18.575 pacientes foram internados no Sistema Único de Saúde (SUS) por consequência da doença inflamatória, o que gerou um custo total de R$ 11,8 milhões.
De acordo com a SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor), esta doença atinge de 0,5% a 1,5% da população, com maior intensidade para as mulheres, com uma proporção de três para cada homem. Autoimune, a doença faz com que o organismo, por meio do sistema imunológico, prejudique a si mesmo.
Para que um paciente sofra desta enfermidade, tem que haver uma "predisposição para isso", explicou a reumatologista Rina Giorgi. Sobre os sintomas, a especialista é resoluta.
- A mão é o cartão de visitas do paciente com reumatoide, mas, além delas, qualquer dor persistente nas articulações, que durem em torno de um mês, devem ser avaliadas por um médico.
Fonte: Blog FisioBrasil
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