O Pilates pode ser praticado pelos mais diferentes grupos, desde o super treinado ao sedentário, do idoso ao adolescente e das grávidas aos pacientes em fase de reabilitação ou com desordens alimentares, ainda podendo ser recomendado como condicionamento e prevenção de lesões para todos os indivíduos. Ou seja, qualquer pessoa, entre 12 e 100 anos e em todos os níveis de condicionamento físico pode fazer Pilates, desde que sejam respeitadas as diferenças individuais e princípios de treinamento desportivo. Entretanto, em virtude da exigência de concentração por parte do aluno durante a execução dos exercícios, não é recomendável que o Pilates seja praticado por crianças, que facilmente perdem a atração e a concentração.
Pilates para jovens
Em virtude do rápido crescimento (natural da fase), os jovens podem apresentar muitas dores nas costas. Também é comum o surgimento de desajustes posturais ocasionados por diferentes fatores (mochila pesada, má postura nas salas de aula, em frente ao computador ou à televisão, horas de sono insuficientes ou excessivas); e ocasional sedentarismo, que contribui para o encurtamento muscular que também pode estar ligado ao rápido crescimento.
Ao criar seu método, Joseph Pilates visava um trabalho de condicionamento muscular esquelético (força, flexibilidade e resistência), estabilidade do centro do corpo (enfatizando a cintura pélvica e escapular), alinhamento corporal e a respiração, atendendo ao público de todas as idades, incluindo os jovens que estão, cada vez mais, suscetíveis aos problemas de coluna.
Autoestima: Os exercícios de Pilates também são favoráveis à autoestima, pois permitem que o jovem sinta um domínio maior sobre o seu próprio corpo, vivencie melhoras físicas e, psicologicamente, alcance maior afirmação perante o meio social.
Vale lembrar que grande parte das alterações posturais, em especial aquelas relacionadas à coluna vertebral, têm sua origem na infância e adolescência, fase de crescimento e desenvolvimento corporal.
Pilates na terceira idade
O cuidado com a saúde é vital ao ser humano, especialmente, durante a Terceira Idade. Profissionais altamente capacitados já aplicam o método Pilates como medida de tratamento/prevenção aos pacientes idosos acometidos por patologias na coluna vertebral, sempre respeitando o ritmo e as limitações de cada um. Com a técnica é possível obter excelentes resultados na melhoria da qualidade de vida dos alunos.
Benefícios: o Pilates trabalha a postura, o equilíbrio, a força, a coordenação motora, a flexibilidade, a capacidade respiratória e a circulação do praticante, contribuindo para aumentar a disposição, aliviar dores, principalmente as lombares, melhorar a percepção de movimentos, fortalecer músculos, afastar o estresse e ainda melhorar a autoestima (afetada nesta fase da vida).
Uma técnica preventiva: A prática de Pilates também proporciona benefícios nas articulações (em caso de artrose) e previne a osteoporose, protegendo a estrutura óssea e não causa lesões, porque os exercícios são realizados sem impacto.
Pilates para gestantes
Inicialmente, a gestante deve procurar orientação médica e, caso não haja contraindicação médica, ela poderá realizar os exercícios de Pilates após completar o terceiro mês de gestação.
Cuidado nunca é demais: A prática de Pilates pode prosseguir até o final do sétimo mês, sempre mantendo contato com o médico acompanhante da gestante. Neste período, atividades físicas (como o Pilates) são muito importantes e fazem toda a diferença para a saúde da mãe e do bebê. Contudo, trata-se também de uma fase delicada que requer atenção especial e de profissional qualificado para a instrução dos movimentos. O ideal é que seja elaborado para a gestante um plano de exercícios que fortaleça seu corpo, prevenindo dores decorrentes do progressivo ganho de peso e da má postura e respeitando as limitações impostas pelo período gestacional.
Gravidez não é sedentarismo: Durante a gravidez, o Pilates proporciona benefícios como: fortalecimento e alongamento da musculatura do abdômen (tornando o parto mais fácil), dos glúteos e da região inferior das costas (parte do corpo responsável pela sustentação da coluna vertebral); diminuição da sensação de desconforto, do inchaço das pernas e das dores nas costas. Com a prática do Pilates, a gestante também adquire um bom condicionamento físico que proporciona bem-estar e um melhor controle de peso.
Cuidados no pós-parto: Após o nascimento do bebê, a mulher que praticou Pilates durante a gravidez terá uma recuperação mais rápida. A volta às atividades, inclusive do Pilates, varia de acordo com o quadro particular de cada mulher e vai depender da forma do parto: normal ou cesária, sendo, neste último caso, a média de recuperação entre 30 e 40 dias (a prática deve ser retomada/iniciada transcorrido este período para evitar hemorragias internas). Ao retornar ao Pilates o faça gradualmente, respeitando o seu corpo, adote uma alimentação saudável e pratique uma atividade cardiovascular.
Pilates na reabilitação
Quando um indivíduo é acometido por lesões, principalmente, na coluna é tentadora – e parece lógica – a opção pelo repouso total para solucionar uma crise de dor nas costas, por exemplo. Todavia, a ciência comprova que o imobilismo está entre as piores decisões que se pode adotar na presença de dor crônica na coluna vertebral.
Qual a diferença? Os exercícios do Método Pilates têm seus princípios baseados na cinesiologia e na biomecânica, o que proporciona uma execução segura, livre de compensação e restrita ao foco da lesão. Os exercícios de Pilates se aplicam tanto na fase aguda da dor, na qual se estabiliza a região lesionada, como na recuperação da musculatura ou da articulação afetada durante a pós-reabilitação. O ambiente e o trabalho oferecidos pela técnica do Pilates facilitam a intervenção baseada nos princípios de assistência, o que permite uma evolução mais rápida ao paciente em reabilitação.
Cuidados! Obviamente, durante uma crise aguda de lombalgia, os movimentos de tronco e dos membros ficam bastante comprometidos. Entretanto, após o diagnóstico adequado e o tratamento médico da fase aguda, é recomendável o retorno gradual às atividades físicas cotidianas e, em seguida, ao programa de exercícios que deverá receber alguns ajustes. Normalmente, essa sequência somente é possível após um tratamento fisioterapêutico.
Fonte: www.instpilates.com.br
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