Você já ouviu falar na doença arterial periférica (DAP)? É provável que não – e é justamente a falta de informação que a torna mais ameaçadora. Bem, esse nome pomposo significa que vasos sanguíneos nos membros inferiores estão sofrendo uma obstrução. Como o sangue não consegue circular normalmente por ali, surgem o cansaço e as fisgadas nas pernas. Porém, a grande complicação é que essa doença indica que outras artérias do corpo também podem estar entupidas. Para ter ideia, um indivíduo com DAP corre um risco 60% maior de ter uma obstrução nas artérias coronárias, que abastecem o coração.
E não vá pensando que esse problema é raro. Estima-se que a DAP afete mais de 200 milhões de pessoas no mundo. De 2000 a 2010, cientistas escoceses registraram um aumento de 24% da incidência global da doença. Além dos possíveis piripaques no coração, essa condição abala muito a qualidade de vida do portador, já que uma simples caminhada ao ponto de ônibus pode virar um desafio, com dores e várias paradas ao longo do caminho. Como a DAP está relacionada ao estilo de vida, há alguns hábitos que favorecem os entupimentos. Aqui estão alguns:
+ Cigarro: a fumaça faz com que as artérias fiquem menos relaxadas, prejudicando o transporte de oxigênio e nutrientes até as extremidades.
+ Ganho de peso: o excesso de gordura propicia um estado inflamatório que contribui diretamente para a circulação embolar.
+ Hipertensão: picos de pressão danificam as paredes dos vasos, facilitando a formação de placas de gordura.
E dá para desobstruir? Dá sim! Para começar, é preciso procurar um especialista. Ele irá confirmar a suspeita de DAP por meio de um exame clínico que compara a pressão arterial das pernas e dos braços – o ideal é que ela seja similar nas duas extremidades. Depois, o médico irá traçar um plano de mudanças para tentar aliviar o tráfego lá embaixo. Confira as principais estratégias:
+ Atividades físicas: melhoram a circulação nas pernas e combatem outros fatores que entopem os vasos, como o sobrepeso e a pressão alta.
+ Remédios: fármacos específicos para a doença não existem, mas há aqueles que controlam elementos de risco, como o diabete e a hipertensão. Talvez, para o futuro, exista uma droga à base de rivaroxabana, um anticoagulante que vem sendo testado pela Bayer.
+ Alimentação: apesar de o efeito ser mais indireto, ela pode contribuir contra ou favor da DAP. Maneire na gordura saturada, no açúcar e no sal, que, em excesso, favorecem a obstrução dos vasos.
+ Stent e cirurgia: situações mais sérias podem cobrar intervenção cirúrgica – hoje, o principal procedimento é a instalação de um stent na artéria da perna. Ele age como um balãozinho que empurra a placa de gordura e desemperra o fluxo sanguíneo.
Fonte: MdeMulher
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