O Pilates otimiza a respiração e potencializa a capacidade respiratória. Em todos os exercícios a respiração é enfatizada como instrumento para atingir qualidade na execução dos movimentos. O contrário também acontece, pois movimentos adequados com a região do tronco estimulam e ampliam a entrada e saída de ar dos pulmões.
O principal músculo da respiração é o diafragma. Este se conecta com a coluna em diversos pontos, desde o topo até a base. Além disso, se conecta também com músculos, como os abdominais, órgãos internos, além de nervos, veias e artérias.
Um diafragma inibido, que não funciona bem, pode afetar todos estes sistemas e causar danos diversos, como por exemplo dores nas costas.
Uma respiração otimizada, mobiliza a coluna vertebral na região do tórax, que provoca a mobilização do sistema nervoso autônomo que, dentre tantas outras atividades, é responsável pela digestão, reprodução, sono e relaxamento.
O fumante tem sua capacidade respiratória diminuída. Normalmente utiliza mais a respiração acessória e respira subindo os ombros.
Com isso, pode inibir o diafragma, sobrecarregando músculos do pescoço, que passam a comprimir nervos e artérias que alimentam os braços e, com isso, prejudicar a postura geral. Além disso, a troca de gases (Co2 e O2) se torna ineficiente. A respiração profunda, usada na execução de diversos exercícios de Pilates, ou provocada por determinados exercícios, otimiza essa troca de gases.
Quando esta troca é mais eficiente, o resultado é uma melhora do humor, da imunidade, da saúde dos mais diversos tecidos corporais, diminuindo a depressão a irritação e o cansaço, tão comuns nos fumantes.
É possível devolver aos fumantes e aos ex-fumantes, através do Pilates, uma organização corporal mais eficiente, uma conseqüente otimização da respiração e melhoria da qualidade de vida, além de prevenir problemas corporais diversos.
Texto de Alice Becker - Educadora e presidente da Physio Pilates Educação