Na correria do dia a dia, muitas pessoas se queixam da falta de tempo para praticar exercícios físicos. Mas especialistas garantem que essa “desculpa” não é mais justificativa para descuidar da saúde. Pequenas mudanças de hábito, como abrir mão do controle remoto da televisão, preferir as escadas aos elevadores, organizar horários e até mesmo atividades do cotidiano, como lavar o carro ou passear com o cachorro, podem contribuir na hora de sair do sedentarismo, incentivam à prática de exercícios e ajudam na busca por uma melhor qualidade de vida.
Primeiro, é necessário entender o conceito de atividade física e de exercício físico. Segundo Danyele Cassimiro de Araújo, supervisora do Programa de Melhoria da Qualidade de Vida do Ministério da Saúde, o Geração Saúde, exercício é um esforço físico que tem como objetivo a promoção da saúde e exige treinamento, como musculação, corrida ou caminhada num ritmo moderado. Já atividade física é a realização de qualquer movimento corporal que tenha gasto energético, como arrumar a casa ou fazer compras.
E para sair do sedentarismo completo, essas atividades podem dar a sua contribuição. “Por exemplo, em casa assistindo televisão, você pode abrir mão do controle remoto ou deixá-lo junto à TV e quando for mudar de canal, o fato de levantar e andar até lá já tem um gasto de energia”, explica Danyele. “Claro que não vai emagrecer mudando de canal, mas é um começo. Assim como ir de ônibus para o trabalho e descer uma parada antes e caminhar um pouco mais, ou ir para casa a pé se morar próximo ao trabalho. São atividades que auxiliam a pessoa a sair do sedentarismo”, completa a supervisora.
Quem tem pouco tempo na agenda também consegue conciliar a rotina com os exercícios físicos. “Basta ter disciplina e organização dos horários. Não se tem um mínimo de tempo necessário para se fazer exercício, vai depender do tipo de atividade e da disposição de cada um para o que gosta de fazer, mas em meia hora por dia já se consegue fazer alguma coisa”, aconselha Danyele. O tempo de exercício pode ser de forma contínua ou fracionada de 10 em 10 minutos ao longo do dia, o importante é que seja de intensidade moderada, ou seja, aceleram um pouco mais os batimentos cardíacos e aumentam a intensidade da respiração, sem, contudo, torná-la difícil.
As atividades ocupacionais como varrer a casa ou carregar as sacolas do mercado não entram na contagem do tempo reservado aos exercícios físicos. Mas hábitos como subir escadas, caminhar pelo quarteirão e passear com as crianças ou o cachorro já contam para melhorar a disposição e o bem estar físico, mental e social. “A qualidade de vida não se trata apenas da estética, mas em ter um círculo de amizade e interação com outras pessoas e sentir-se bem fisicamente e psicologicamente”, acrescenta a supervisora do Geração Saúde.
Para se exercitar, não precisa de muitos equipamentos, um par de tênis já basta para uma caminhada ou corrida. Nem de muito tempo, basta meia hora por dia ou pelo menos três vezes por semana. Quem prefere ficar em casa, pode se exercitar enquanto assiste novela ou ouve música. “Independente do horário que se realize, de manhã, à tarde ou à noite, é um tempo dedicado à sua saúde”, incentiva Danyele. Além disso, não precisa estar em boa forma física para começar algum exercício, mas deve-se respeitar os limites do corpo e aumentar sua intensidade de forma gradual.
Fonte:http://www.blog.saude.gov.br
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