quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Respirar pela boca pode provocar alterações no crescimento da face

Tempo seco. Você costuma ficar com os olhos ardendo, a garganta coçando ou o nariz sangrando? Como se proteger nessa época do ano? E o que é melhor: colocar uma toalha molhada ou um balde com água no ambiente?

Quando o ar fica seco, o corpo começa a sentir as consequências, como ardência nos olhos, incômodo na garganta ou até mesmo sangramento no nariz. Além de beber muita água para amenizar os efeitos do tempo seco, uma das dicas mais importantes é usar um inalador com soro fisiológico e água potável, como recomendaram o otorrinolaringologista Agrício Crespo e a pediatra Ana Escobar.

Isso ajuda a hidratrar o nariz, que resseca e fica inflamado por causa da falta de umidade, o que pode ser ainda pior para quem tem algum problema respiratório, como rinite ou asma. Nesse caso, por causa da obstrução nasal, a pessoa costuma respirar pela boca e esse hábito, de acordo com os médicos, pode mudar até a fisionomia do rosto. Em crianças, ao longo do crescimento, podem ocorrer alterações nos seios da face, o que pode deixar, por exemplo, o dente de cima mais aparente e a mandíbula mais caída. Além disso, a criança pode começar a ter sonolência, olheiras, mal rendimento na escola, irritabilidade e mastigação rápida, como explicou o otorrinolaringologista Agrício Crespo.

Um dos piores vilões para quem tem rinite é o pó, que pode não ser visível aos olhos, mas é muito sentido pelo nariz. É o caso da engenheira ambiental Bruna Mendes, por causa da rinite alérgica, ela começou a ter dificuldades para dormir e, mesmo limpando toda a casa todos os dias, parecia nunca haver solução. Para melhorar a faxina, uma empresa especializada foi até a casa da Bruna com um aspirador mais eficiente e, depois da limpeza e sem os temidos ácaros no quarto, a engenheira conseguiu respirar melhor.

De acordo com o otorrinolaringologista Agrício Crespo, a pessoa que é alérgica a tudo, como a Bruna, quando entra em um lugar diferente, já começa a espirrar. No caso da criança alérgica, se os sintomas forem mais intensos antes dos 6 anos, há uma grande chance de ela se tornar uma adulta asmática, como alertou o médico. Por outro lado, se os sintomas da alergia forem mais agudos depois dos 6 anos, é mais provável que ela cresça com rinite do que asma.

Outro problema que pode piorar com o ar seco é a bronquiolite, uma inflamação das vias aéreas que, ao contrário da asma, pode ser reversível. Mais comum em crianças até 2 anos, há dois tipos da bronquiolite: a aguda, que pode ser tratada com antibiótico, e a crônica, que não tem causa definida e pode não ter cura.

No caso da bronquite, no entanto, os médicos explicaram que esse é o nome usado para qualquer inflamação dos brônquios. Ou seja, a bronquiolite e asma são tipos específicos de bronquite. No caso da rinite, porém, é muito comum que o paciente tenha asma também e, por isso, o tratamento desses dois problemas deve ser conjunto. Uma das dicas é afastar da casa poeira, ácaro, mofo, pelo de animal e até mesmo antiinflamatórios, que podem piorar os sintomas.

Para quem usa muito descongestionante nasal, a pediatra Ana Escobar alertou que isso pode fazer mal, apesar do conforto imediato que o remédio dá. Isso porque há um efeito rebote, ou seja, o nariz pode desentupir por alguns instantes, mas volta a congestionar logo depois, o que não traz nenhum benefício e pode causar até mesmo dependência. Por isso, a dica principal é tratar o problema respiratório com outros medicamentos, não só para aliviar os sintomas, e tentar largar o descongestionante utilizando o soro fisiológico.

Umidificador 
O gerente de produto Carlos Guimarães dos Santos esteve no Bem Estar desta terça-feira (10) para falar sobre os diferentes tipos de umidificadores de ar. Segundo o especialista, existem os de água quente, chamados de vaporizadores; os de água fria, que podem ser o ultrassônico ou ionizador, esse último que ajuda também a eliminar bactérias.

No uso dos dois tipos, é preciso ficar atento a dosagem da umidade do ambiente – o ideal é que ela esteja em 60%. De acordo com o gerente de produto, é importante ainda evitar que o aparelho fique muito perto das pessoas ou da parede, o que pode favorecer a proliferação de bactérias e fungos. Para evitar isso, é bom também não deixar o umidificador ligado o dia inteiro – no máximo, 6 horas.

Outra dica é usar água potável para não danificar o aparelho. A água, inclusive, deve ser trocada uma vez por semana para não se contaminar e o produto deve ser limpo, pelo menos, uma vez ao mês. Além disso, o gerente de produto explicou que os umidificadores deve ser usados em ambientes de, no máximo, 15m² – maior que isso, devem ser usados dois aparelhos.

Há ainda a opção de utilizar uma toalha molhada ou um balde com água para aumentar a umidade do ambiente, como mostrou a reportagem de Rafael Castro, em São Carlos, no interior de São Paulo. A diferença, no entanto, é que a toalha faz efeito mais rápido do que o balde e pode ser a melhor opção.

Fonte: Bem Estar.

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