quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Saiba evitar doenças transmitidas por pombos, morcegos e ratos



Existem alguns animais que convivem com as pessoas, especialmente nas grandes cidades, e podem oferecer um grande risco de diversas doenças. Por isso, a população de bichos como pombos, ratos, morcegos, por exemplo, deve ser controlada para evitar danos maiores aos homens, como alertaram o infectologista Caio Rosenthal e o biólogo Gladyston.

Assim como os humanos, esses animais precisam de três fatores para sobreviver: água, alimento e abrigo. Justamente por isso, costumam viver perto da população porque é ela que fornece esses elementos nas frestas das casas, porões, sótãos ou até mesmo por deixar comida acessível no lixo ou aberta na despensa. Há ainda as pessoas que voluntariamente alimentam os pombos, por exemplo, o que pode oferecer um grande risco à saúde pública. Vale lembrar, no entanto, que os pombos não devem ser mortos, apenas controlados, já que têm importância ambiental assim como outras aves.

Por isso, a dica é afastá-los, eliminando esses fatores de sobrevivência como uma maneira de prevenção de doenças, como fez a Prefeitura de São Carlos, no interior de São Paulo.

Além de não oferecer abrigo, alimento e água, vedar espaços e vãos, usar abrigos controlados e colocar o lixo no local adequado também são medidas que podem ajudar bastante. Colocar espantalhos, papel laminado, CDs ou equipamentos sonoros nas janelas é pouco eficaz, mas ainda sim consegue afastar um pouco os pombos. Usar armas de fogo, envenenamento ou capturar os animais são medidas proibidas, como alertaram os especialistas.

É preciso tomar cuidado ainda com as fezes dos pombos. Segundo o biólogo Gladyston Costa, cada animal produz cerca de 2,5 kg de fezes por ano e, nessas fezes, estão fungos, bactérias e ácaros que podem causar, pelo menos, 6 tipos de doenças. Como mostrou o infectologista Caio Rosenthal, entre as doenças transmitidas por pombos, estão a criptocose, que pode dar meningite; a histoplasmose, que pode dar doenças pulmonares; a salmonelose, que pode dar distúrbios gastrointestinais; além de dermatites e alergias.

Por isso, é importante não deixar as fezes acumularem e, na hora de retirá-las, proteger o nariz e a boca com uma máscara e umedecê-las com água e depois limpá-la com água sanitária.

O risco das fezes vale ainda para os morcegos, que podem transmitir também a histoplasmose. De acordo com o biólogo Gladyston Costa, é preciso tomar cuidado com árvores frutíferas e frutas em locais abertos que podem atrair morcegos. Se for o caso, a recomendação é não tocar ou matar o animal porque eles podem morder e transmitir também a raiva, uma doença fatal em grande parte dos casos.

É preciso cuidado ainda com os ratos, que costumam aparecer em locais com muitos pombos. A suspeita aumenta se houver fezes, trilhas, manchas de gordura e objetos roídos, como alertaram os especialistas. Nesse caso, há o risco da leptospirose, uma doença causada por uma bactéria que chega ao ambiente através da urina do roedor – se o homem entra em contato com água ou lama contaminada por essa urina, a bactéria entra na pele por meio de uma mucosa ou ferimento e pode cair na corrente sanguínea.

Por outro lado, no caso da cisticercose, não é o contato direto com o animal que causa a doença. Ela acontece quando a pessoa ingere alimentos crus, mal lavados ou mal cozidos, onde há a presença de larvas da tênia.

Depois de ingeridos, esses ovos podem eclodir e as larvas começam a viajar pelo corpo, podendo se alojar em vários órgãos. Se parar no cérebro, por exemplo, pode gerar um quadro extremamente grave de neurocisticercose, como lembrou o infectologista Caio Rosenthal. Há ainda a possibilidade de teníase, uma doença causada pela presença dessas larvas na carne de porco mal processada. Nesse caso, depois de ingeridas, as larvas se transformam em vermes adultos já no estômago da pessoa.
Inseticidas valendo (Foto: Arte/G1)
Fonte: Bem Estar

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