A técnica já é bastante conhecida no mundo todo e cada vez mais as mamães vão se interessando para conhecer e aplicar em seus filhos. Mas e a história dessa massagem mágica, com quais objetivos ela foi “criada”?
Na década de 70, o médico obstetra Frederick Leboyer fez uma viagem à Índia e foi numa tarde, em uma comunidade em Calcutá que se deparou diante da pobreza, com uma mulher sentada na calçada com a coluna ereta, pernas esticadas e um bebê sobre elas. Naquele momento ela estava realizando a massagem em seu filho, aos olhos do médico aquilo era um momento mágico e tudo parecia ter parado ao seu redor quando percebeu a paz e a dedicação com que a mulher estava realizando aquele ritual. A mulher percebeu a presença do médico que no mesmo momento pediu para que pudesse fotografá-la e registrar aquele momento.
Voltou vários dias depois e começou a conhecer um pouco mais da história da moça. Chamada Shantala, foi recolhida por uma associação de caridade com seus dois filhos pois há alguns anos havia ficado paraplégica e teve suas atividades limitadas. Após ver que a mulher estava ali todos os dias a massagear o seu bebê, notou que não havia “técnica” mais espetacular que aquela para fazer parte dos cuidados diários do bebê.
Então, Leboyer aprendeu a massagem e a trouxe para o Ocidente, com o intuito de aumentar o vínculo afetivo entre mãe e filho. Durante a vida intra-uterina o bebê tem uma relação muito próxima e íntima com a mãe, pois está em um ambiente aconchegante que transmite segurança e amor. Após o nascimento, a criança passa por um choque encontrando-se em um ambiente atordoado precisando de tempo para a maturação e adaptação à novidade. Neste momento a Shantala torna este processo mais confortável e natural, fazendo o bebê ficar mais próximo e vivencie um pouco do seu ambiente anterior.
O toque é um dos meios mais poderosos para a comunicação humana. A massagem deve ser feita numa relação de profundo amor, união e concentração, visando a perfeita harmonia entre mãe e filho. Neste momento, os dois, unidos produzem uma interação perfeita, tornando-se fácil deixar que a energia flua e a troca se faça. Mãe e filho dando e recebendo. Olhando-se nos olhos, conversando num profundo silêncio. O bebê sente, fala, ouve, recebe e dá através de vibrações, dessa forma o alimento do bebê, é a vibração reconhecida como emoção.
Essa é apenas uma forma de demonstração de carinho da mãe com seu filho, mas quando crescemos e nos tornamos adultos, esses vínculos vão se perdendo e uma hora ou outra temos que parar e tentar alimentar novamente essa harmonia, afinal um dia teremos filhos também e vivenciaremos todas essas delícias, normalmente é neste momento que reconhecemos o verdadeiro valor da maternidade. Não se prive em beijar, abraçar, acariciar não só sua mãe, mas todas as pessoas que te fazem bem e que te despertam sentimentos. Para as que estão longe, lembre-se que as vibrações também são fonte de alimento!
Para quem tiver mais interesse no assunto, Shantala é um dos livros que o Dr. Frederick escreveu, prossegue comemorando a vida, fala com precisão e poesia, sobre a ruptura dramática da relação intra-uterina. Contando dos choques que o bebê sofre no mundo externo e como é a nossa interpretação diante desses sinais, é um livro apaixonante, rápido e estigante, além de explicar toda a massagem.
Fonte: Portal fisioterapia
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