Pensar em alimentação saudável e perda de peso hoje em dia tem inúmeras receitas. Seja a dieta da lua, dos pontos ou das proteínas, todas têm um item em comum: comer de três em três horas. A frase é repetida inúmeras vezes pelas nutricionistas, revistas de saúde e por adeptos da alimentação saudável. Mas, afinal, por que precisamos nos alimentar de três em três horas?
Ao fazer uma refeição, nosso corpo começa imediatamente o processo de quebra do alimento e absorção dos nutrientes, é o que chamamos de digestão. Nas primeiras duas horas, há um aumento do nível de glicose presente em nosso sangue, a principal fonte de energia para o funcionamento do nosso organismo. Depois desse período, esse índice começa a cair. Se não nos alimentamos, nosso corpo começa a manifestar os sinais de hipoglicemia (queda da concentração de glicose no sangue): diminuição da concentração, fraqueza, sonolência e até tontura e tremores. Portanto, além de ser importante para manter o nível de glicose equilibrado, a alimentação em frações nos ajuda a evitar aquela sonolência no período do trabalho e facilita a concentração e atenção para realizar as atividades.
Comer de forma fragmentada também é uma forma de equilibrar as refeições e evitar aqueles pratos exagerados, com muito mais comida do que realmente precisamos para saciar nossa fome. “Fracionando a alimentação temos uma melhor divisão das refeições, evitando o excesso de fome e a compensação nas refeições seguintes. Além disso, evitamos a sonolência que vem ao comermos mais do que o necessário, porque o corpo precisa de mais energia para fazer a digestão”, explica a nutricionista Carla Muroya.
Quando ficamos muito tempo em jejum e em seguida ingerimos uma grande quantidade de alimentos, o estômago precisa produzir rapidamente um alto volume de ácido clorídrico, um dos principais agentes do processo de digestão. O aumento muito rápido desse ácido causa danos na mucosa do estômago, provocando a sensação de queimação e azia.
Além disso, comer de três em três horas contribui para a perda e manutenção do peso corporal de forma saudável. Quando ficamos longos períodos sem nos alimentar e, consequentemente, sem fornecer glicose para o organismo trabalhar, o corpo busca outra fonte de energia. A perda de peso ocorre, mas não por perda de gordura, e sim de massa muscular.
Mas, o que comer?
Para balancear a alimentação e manter o nível de glicose sempre equilibrado, o ideal é fazer de cinco a seis refeições, sendo três principais (café da manhã, almoço e jantar), e lanches leves entre esses períodos. “É importante lembrar que o intervalo entre o café da manhã e o almoço não é outro café da manhã”, alerta Carla. Na hora do intervalo, dê preferência para frutas, sucos – de preferência natural -, água de coco, barra de cereais, bolachas de água e sal e torradas. Os alimentos integrais devem ser priorizados, pois estimulam a saciedade e evitam que a fome apareça rapidamente. “É importante se atentar também ao tamanho da porção e lembrar que mesmo sendo mais saudáveis esses alimentos também têm calorias”, ressalta a nutricionista.
Outras dicas que facilitam a digestão e absorção dos nutrientes e nos faz comer de forma mais equilibrada é mastigar bem, comer devagar, descansar os talheres durante a refeição, não comer enquanto faz outras atividades e ingerir, no mínimo, 2 litros de líquido por dia.
Fonte: www.einstein.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário