“A dor aguda está ligada a uma lesão. Após a cura, ela desaparece”, explica Karine Leão, do Hospital das Clínicas da USP. Ela costuma surgir após cirurgias, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos (como a quimioterapia), traumas em geral e infecções. Para o reumatologista Jail Natour, professor da Unifesp, ela não deve ser negligenciada, para evitar o início de um mal crônico.
A dor crônica é a que continua mesmo depois do tratamento da lesão, ou pode ser consequência de certas doenças, como câncer, aids, diabetes. “É a que dura mais de três meses e ataca de forma contínua ou intermitente”, conta Karine. Ela atrapalha a rotina do doente e também a da família, pois está associada a muito sofrimento e até à depressão.
“Além de a pessoa só se enxergar com a dor, ocorrem mudanças bioquímicas no cérebro dela, como a redução da serotonina, substância que garante o bem-estar”, acrescenta Jamil. O problema crônico é entendido como enfermidade e não como sintoma. Por isso, na maioria das vezes é preciso uma equipe multidisciplinar para tratá-lo.
Já a dor recorrente é o incômodo que dura pouco, mas aparece com frequência e pode acompanhar a pessoa a vida toda, sem, no entanto, ter um diagnóstico específico. Um exemplo? A enxaqueca.
A dor foi o motivo mais importante e decisivo para o desenvolvimento da arte de curar e com certeza influenciou Joseph Pilates no desenvolvimento da Contrologia.
Atualmente, no Brasil, estima-se que 60 milhões de brasileiros têm algum tipo de dor crônica. Entre os homens, 20% têm o problema. Entre as mulheres, 34%.
Entre as principais causas estão:
- dores da coluna vertebral 41,2%;
- dores de cabeça e enxaqueca 31,2%;
- ansiedade e distúrbios emocionais 24,9%;
- depressão 19,2%;
- artrite 12,6%;
- reumatismo 10,6%;
- fibromialgia 7,3%.
Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/blogs; http://revistapilates.com.br
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