Causas da Condromalácia patelar
Também conhecida como síndrome da dor patelo-femural ou joelho de corredor, a condromalácia patelar consiste em uma espécie de “amolecimento” da cartilagem. Não existe uma causa exata, mas
a sua etiologia pode estar relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. O fator
mais comum é o traumatismo crônico – traumas únicos, como pancadas ou traumas mais crônicos,
por fricções entre a patela e o sulco patelar do fêmur. A condromalácia patelar também pode ser o resultado de uma lesão aguda da cartilagem femoropatelar, causando fissuras e provocando desconforto e dores que não vêm da cartilagem, mas dos tecidos carregados próximos da patela.
A patela é um osso com formato triangular, localizado na frente do joelho. Em seu pólo superior está inserida a musculatura anterior da coxa – Quadríceps – e no pólo distal tem origem o Ligamento Patelar. Esse componente do “aparelho extensor do joelho” possui como funções a melhora do movimento de flexo-extensão, além de proteger estruturas internas. A face patelar voltada para o interior do joelho possui inúmeras facetas que permitem a articulação perfeita com a tróclea do fêmur – tipo chave e fechadura. As facetas são revestidas por cartilagem articular, permitindo o
deslizamento patelo-femural.
Quando flexionamos o joelho, a patela se encontra, inicialmente, “flutuante” na articulação e começa a se encaixar na tróclea do fêmur, mas conforme a flexão aumenta, o contato ósseo acaba aumentando e a pressão incidente nas facetas articulares cresce, proporcionalmente. Isso acarreta uma perda de líquido da patela e a pessoa acaba tendo um choque ósseo. Esse tipo de alteração nas forças que atuam sobre a patela bem como no formato ósseo, pode resultar no aparecimento de lesões na cartilagem.
Sintomas da Condromalácia patelar
Os principais sinais da patologia são:
- Inchaço por baixo da rótula do joelho;
- Dor constante no meio do joelho;
- Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.
A condromalácia patelar pode ser classificada em quatro níveis distintos, daí a necessidade de um tratamento o mais breve possível para que a cartilagem não fique inteiramente desgastada, culminando em sua perda total.
Tratamento com Fisioterapia
A Fisioterapia pode auxiliar, especialmente, no fortalecimento de alguns músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento. Músculos fortes permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar atividades muito exigentes para o joelho, relativamente, mais leves. O treinamento de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais resistente aos possíveis desgastes. Mas esse tratamento fisioterapêutico deve ser sempre baseado numa avaliação detalhada de todos os fatores que podem estar relacionados ao desenvolvimento da condromalácia. O trabalho da Fisioterapia pode envolver ainda:
- Programa de reeducação de movimentos, corridas e outros gestos esportivos;
- Técnicas de liberação manual do tecido;
- Técnicas articulares manuais;
- Orientações acerca das atividades e sobrecargas na patela.
A conduta fisioterapêutica deve ser, sobretudo, individualizada.
Recomendações
- Durante o tratamento é muito importante não sobrecarregar o joelho, fazendo-o descansar para evitar os inchaços e prevenir o retorno do problema;
- Para quem se exercita fisicamente, é indispensável o investimento anterior em exercícios de alongamento e o investimento posterior em exercícios de descompressão;
- Para corridas, usar tênis com um bom amortecimento;
- Evitar saltos. Seu uso poderá agravar uma condromalácia;
- Com relação ao retorno aos esportes, são recomendados treinos iniciais com intensidade leve.
Mas a correta movimentação não é referente, apenas, ao joelho. Seja em atividades domésticas do dia-a-dia, no trabalho, no lazer ou no esporte, o corpo todo deve se movimentar de forma coesa.
Fonte: Portal Fisioterapia
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