A disfunção temporomandibular (DTM) abrange um determinado número de problemas clínicos que envolve a musculatura mastigatória, a articulação temporomandibular (ATM), as estruturas associadas ou ambas.
Cerca de 70% da população geral tem pelo menos um sinal de DTM, no entanto apenas uma em quatro pessoas com sinais é conhecedora destes e o reportam como um sintoma. Das pessoas que apresentam um ou mais sinais de DTM, somente 5% procuram tratamento.
A etiologia da DTM possui caráter multifatorial decorrente de diversos fatores que modificam o equilíbrio estático e dinâmico dos componentes do sistema craniocervicomandibular.
A DTM pode ocorre em todas as faixas etárias, mas a sua maior prevalência é entre 20 e 45 anos. A incidência é maior no sexo feminino, principalmente em idade reprodutiva, diminuindo após a menopausa, sugerindo uma participação de hormônios reprodutivos no desenvolvimento e manutenção da DTM.
Além disso, indivíduos portadores de DTM apresentam alterações posturais, como anteriorização de cabeça, protusão e rotação interna de ombros, as quais podem estar relacionadas com o desequilíbrio da sinergia dos músculos da mastigação, os auais podem alterar como anteriorização de cabeça, hiperlordose cervical e protusão de ombros.
A etiologia da DTM pode estar relacionada à tensão emocional, a distúrbios e interferências oclusais, às alterações posturais, à disfunção da musculatura mastigatória, às mudanças intrínsecas das estruturas que compõem a articulação temporomandibular, ou ainda, à combinação desses fatores, caracterizandouma sintomatologia de difícil diagnóstico e tratamento, envolvendo manifestações dolorosas e incoordenação de movimentos.
Esta disfunção é caracterizada como uma síndrome que apresenta uma variedade de manifestações clínicas como dor articular, restrição de movimento, ruídos articulares, cefaléia, dor local crônica, otalgia, tinitus, dor na musculatura mastigatória, dor na coluna cervical, desvio mandibular, travamento na abertura da boca e mudanças na postura da cabeça.
Para Lopes e Rode , é difícil determinar o diagnóstico, pois há dificuldades em correlacionar a etiologia das disfunções e os sintomas. Entretanto, a identificação precoce dos sinais e sintomas das DTM é importante, pois podem evitar complicações futuras e tratamentos mais complexos e muitas vezes desnecessários, ou seja, o diagnóstico preciso torna-se decisivo para o sucesso do tratamento evitando piores conseqüências aos pacientes acometidos com a disfunção.
Wong e Cheng descrevem que a DTM é um diagnóstico não específico que representa um grupo de condições dolorosas que afeta a ATM e a musculatura que controla a mastigação.
A abordagem do tratamento da DTM é de caráter interdisciplinar e multidisciplinar que conta com a participação de profissionais fisioterapeutas, odontólogos, médicos, fonoaudiólogos e psicólogos que visam, no tratamento, reverter e/ou aliviar os sinais e sintomas dos pacientes acometidos com esta patologia.
Para Kogawa et al., um dos profissionais de grande importância no tratamento da DTM é o fisioterapeuta que é o responsável por tratar os problemas musculoesqueléticos por meio do tratamento dos sintomas, da etiologia, dos fatores de predisposição e eventualmente o tratamento dos eventos patológicos, antecedidos por uma detalhada avaliação da ATM e das estruturas relacionadas.
Segundo McNeely, Olivo e Magee, Michelotti et al. e Kogawa et al., o tratamento fisioterapêutico tem o objetivo de aliviar a dor músculo esquelética, reduzir a inflamação e
restaurar a função motora oral, o que leva a diminuição da administração de medicamentos a fim de combater a dor apresentada.
Fonte: Portal Fisioterapia
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