sexta-feira, 3 de abril de 2015

A absorção de nutrientes pode ser alterada pelo uso de antiácidos

Os antiácidos alteram a absorção de algumas vitaminas e minerais. Dependendo do tipo de antiácido, a inibição da absorção de nutrientes se modifica.

O hidróxido de alumínio, por exemplo, interage com o fósforo diminuindo sua absorção, assim como vitamina A, vitamina B12, ácido fólico, ferro, potássio e cálcio, que também são menos absorvidos. Por isso, pacientes que usam medicamento contendo ferro e ácido fólico devem esperar por duas horas para ingerir o antiácido e três horas para consumir frutas.

O carbonato de alumínio interfere na absorção de fosfatos, ferro e potássio. Já o fármaco que associa hidróxido de alumínio ao carbonato de magnésio, inativa a tiamina e diminui a absorção de vitamina A, folacina, potássio, cálcio e ferro. A recomendação é que qualquer destes fármacos seja ingerido de uma a três horas após a refeições, para que não interfira na absorção destes nutrientes.

O hidróxido de magnésio diminui a absorção de ferro, cálcio, vitamina A e B12 e pode causar vômitos, náuseas e diarreia. O magnésio adere à parede do intestino e o meio torna-se hiperosmolar. Isso faz com que a água saia da parede intestinal para o lúmen, provocando diarréia e conseqüente perda de alguns nutrientes.
O carbonato de cálcio deve ser ingerido de uma a três horas após as refeições para minimizar os efeitos na absorção de cálcio, ferro e fosfato, pois o carbonato de cálcio pode formar complexos insolúveis no trato gastrintestinal. Já o leite de magnésia, outro tipo de antiácido, pode levar a diarréia e vômitos e conseqüente diminuição na absorção dos nutrientes ingeridos.

Os profissionais de saúde devem considerar as alterações que os antiácidos podem provocar no trato gastrintestinal para preveni-las ou tratá-las. E, ainda, devem estabelecer uma conduta dietoterápica adequada devido à absorção prejudicada de alguns nutrientes.

Fonte: nutricaosadia.wordpress.com

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