Diariamente ouvimos falar de pessoas que foram diagnosticadas com câncer, uma doença complexa que pode causar alterações físicas, sociais e emocionais, e que atinge muitas pessoas em diferentes níveis da vida. Contudo, nos perguntamos se há alternativas para amenizar os desconfortos causados pelo tratamento agressivo.
Dentro das especialidades da fisioterapia contamos com a oncologia, que tem como objetivo preservar, melhorar e restaurar a integridade funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir ou minimizar complicações causadas pelo tratamento clínico (quimioterapia, radioterapia, cirurgia).
Como o tratamento contra o câncer pode provocar a sensação de fadiga e perda da força muscular, chamada de astenia, a fisioterapia oncológica vem amenizando e tentando controlar esses efeitos colaterais incômodos aos pacientes. Umas das atividades recomendadas é o Pilates, considerada de baixo impacto e com grande capacidade de adaptação para as necessidades e habilidades de cada paciente.
Dentre os inúmeros benefícios da atividade, está o aumento da flexibilidade, mobilidade, capacidade circulatória, força muscular, redução da fadiga, melhora da autoestima, relaxamento, bem estar, melhora do humor, aumento da resistência física e mental, melhora da respiração, da concentração, redução das tensões e de dores crônicas.
O Pilates já tem sido aplicado com bons resultados nos processos de reabilitação funcional, resultando em benefícios para o bem estar físico e mental.
Para as pessoas que passaram pelo CA de Mama, o Pilates também desprende de uma atenção especial, principalmente após a cirurgia de mastectomia, ajudando na prevenção da contratura cicatricial e muscular, promovendo melhora da amplitude de movimento, diminuindo o edema do braço, assim como a independência funcional e melhora da qualidade de vida.
Pesquisas afirmam que a pratica de Pilates em pacientes com câncer de mama tem sido encorajadora. Os resultados são sentidos logo nas primeiras sessões. Um estudo publicado em dezembro de 2010 pelo jornal europeu de medicina o “European Journal of Medicine de Reabilitação Física” dividiu dois grupos, de 26 pacientes cada, sendo que um dos grupos realizou exercícios em casa associados com Pilates, enquanto o outro realizou apenas exercícios em casa.
O grupo que realizou o Pilates demonstrou melhora na capacidade funcional e fadiga, o que deu um salto maior para a recuperação pós-cirúrgica do câncer de mama.
A prática de Pilates ajuda a restabelecer os movimentos e a recuperar a força no braço e no ombro, auxiliando também na diminuição da dor e da rigidez nas costas e pescoço e na recuperação física do paciente.
Com a prática dos exercícios a pessoa passa a ter mais disposição em suas atividades diárias, pois com o aumento da flexibilidade, melhora da postura e fortalecimento dos músculos, a recuperação será mais rápida. Além de ter influência no físico, o Pilates também auxilia na recuperação emocional. O paciente vai aos poucos restaurando a confiança em si mesmo, aumentando assim sua autoestima.
Centralização, concentração, controle, precisão, respiração e fluxo, estes são os fundamentos do Pilates, com isso uma nova consciência corporal será adquirida.
Fonte: Revista Pilates
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