A Diabetes Mellitus é uma doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia resultante de defeitos na produção da insulina (tipo 1) ou resistência à ação da insulina (tipo 2).
A insulina é a responsável por transportar a glicemia (açúcar) que está na corrente sanguínea para dentro das células e, assim, gerar energia para o corpo. Ela é produzida por uma célula chamada Beta, no pâncreas.
Nos casos de Diabetes tipo 1, o sistema imunológico cria anticorpos que atacam essas células, impedindo a produção de insulina. O indivíduo se torna insulino-dependente. Não se sabe ainda o porquê desse processo. Nos casos de Diabetes tipo 2, o indivíduo produz insulina normalmente pelas células beta, porém, um transportador interno das células, chamado GLUT 4, não permite que a glicose entre. Nesse caso, além de muita glicose no sangue, há muita insulina (hiperinsulinemia).
O tratamento para a Diabetes envolve exercícios físicos, reeducação alimentar, apoio psicológico e insulina ou antidiabéticos orais.
Complicações decorrentes da Diabetes
A diabetes pode acarretar outros problemas se não for tratada, como por exemplo:
-Síndrome metabólica;
-Doenças Vasculares (Pé diabético);
-Retinopatia;
-Neuropatia Crônica.
O consumo da glicose aumenta muito durante o trabalho muscular. Os dois hormônios pancreáticos (insulina e glucacon) controlam o fornecimento de energia para os músculos que estão trabalhando. De modo geral, a contração muscular cria mais oportunidades para a glicose entrar nas células musculares.
Porém, se o uso da insulina artificial ou a alimentação não estiver adequada ao horário da atividade física, pode-se obter um efeito rebote, gerando hipoglicemia. Dessa forma, não é aconselhado exercitar-se no pico de ação da insulina.
Recomendações importantes
-Realizar exame médico a cada seis meses;
-Ao passar em consulta, o indivíduo deve informar ao médico qual o horário que pretende fazer exercícios para que a insulina seja adequada ao momento;
-Consultar um nutricionista para indicação de alimentação pré e pós-exercício, evitando assim, quedas de insulina após a aula;
-Evitar aplicação de insulina nas musculaturas que serão mais recrutadas na aula;
-Automonitoração da glicemia antes e depois do exercício;
-Iniciar o trabalho de força com cargas moderadas.
Benefícios do exercício físico para o diabético
Dentre os inúmeros benefícios da atividade física, vamos destacar:
-Aumenta a captação da glicose pelos músculos (diminuindo a glicose no sangue), inclusive após o exercício, no período de repouso;
-Melhora a ação da insulina e de antidiabéticos orais;
-Aumenta a tolerância à glicose;
-Pode reduzir a quantidade diária de insulina artificial para os diabéticos bem controlados;
-Reduz fatores de risco cardiovasculares, triglicérides e colesterol;
-Aumenta o fluxo de sangue muscular e a circulação nos membros inferiores, prevenindo os efeitos da aterosclerose;
-Reduz a perda da massa óssea;
-Melhora a disposição geral e a sensação de bem-estar.
Por que o Pilates pode ser um excelente aliado dos diabéticos?
O Diabetes Mellitus é muito difícil de ser tratado quando comparado a outras condições crônicas, como hipertensão por exemplo. Isso acontece porque seu tratamento evolui à medida que se atinge a mudança do estilo de vida. São mudanças de aspectos alimentares, comportamentais e psicológicos.
O método Pilates, além de contemplar um excelente trabalho de fortalecimento muscular e melhora da postura é, acima de tudo, educativo. É uma atividade moderada, que respeita as individualidades e dá liberdade de movimento estimulando a auto superação. O Pilates, em especial, olha minuciosamente para todas as partes do corpo, inclusive os pés, tão importantes para os diabéticos.
Mude seus hábitos, cuide da sua saúde. Faça Pilates!
Fonte: Revista Pilates
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