sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O parto ideal para cada mulher

As gestantes de hoje podem se considerar sortudas, pois elas conseguem optar, na maioria dos casos, pelo tipo de parto que terão, se sentirão as dores das contrações, sabem como será a recuperação, a anestesia aplicada, e ainda escolhem o hospital e o especialista responsável. Antigamente, o mais comum era ter os ?lhos em casa, com poucos recursos e ajuda de parteiras. Com tantas possibilidades, as mamães devem saber que não há regras rígidas, mas a decisão deve ser tomada durante o pré-natal com o auxílio de um pro?ssional de saúde para evitar riscos, tanto para as grávidas como para os seus ?lhos. “A mulher deve se informar sobre os prós e contras de cada método com seu obstetra e decidir o que é mais adequado. O parto é uma escolha individual”, a?rma Marcelo Burlá, da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (SCORJ). Conheça cada tipo de parto:
Parto normal

Inicia-se com contrações uterinas de leve intensidade, com intervalos a cada 5 minutos. Elas vão aumentando e os intervalos, diminuindo. A maioria das mulheres teme essa dor, mas especialistas garantem que com anestesia e técnicas de relaxamento o parto é suportável, embora possa durar cerca de 10 horas. Para facilitar a saída do bebê, pode ser realizado um corte no períneo (músculo que divide a vagina e o ânus). A anestesia pode ser a raquianestesia ou peridural, que mantém a mãe consciente, mas insensível à dor. Às vezes é necessário o parto de alívio (fórceps), no final do nascimento, quando as contrações são insuficientes: usa-se um instrumento cirúrgico para retirar o bebê. “A recuperação é mais rápida e favorece o aleitamento materno. Para quem pretende ter mais de dois filhos é a melhor opção. A desvantagem é a possibilidade de lesões no canal de parto”, Olímpio de Moraes, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Parto cesariana

Recomendado quando há riscos para a mãe ou o bebê, esse tipo de parto é a preferência nacional. Além da dor, algumas mulheres temem por sua sexualidade em razão de eventual corte. Mas, às vezes, os partos acontecem antes do tempo e os recém-nascidos apresentam desconfortos respiratórios. “Não há como negar que esse tipo de parto foi um avanço, mas é uma cirurgia, e por isso envolve um risco que precisa ser ponderado”, diz Eduardo de Souza, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital São Luiz (SP). A gestante chega até o hospital sem dor, recebe a anestesia e é colocada uma tela na região do peito que impede que ela assista ao parto. O médico corta sete camadas até chegar ao útero por uma incisão de 10 centímetros feita acima dos pelos pubianos. O bebê é retirado e o corte é suturado. A recuperação é lenta, acompanhada de dores e distensão abdominal.

Parto humanizado

A gestante também tem o direito de ter seu bebê em casa, mas ela é responsável legalmente por essa opção. O termo parto humanizado significa respeitar a fisiologia do trabalho de parto, sem intervenção médica. Manobras naturais de postura, massagens e alongamentos atuam como forma de amenizar o processo doloroso das contrações e da dilatação. Algumas mulheres optam por ter o bebê na água, de cócoras, para amenizar as dores das contrações. Há também hospitais que oferecem esse tipo de parto. “Humanizar o parto é dar o direito à privacidade, é ter o acompanhante de sua escolha, é permitir que a parturiente se alimente, é ter liberdade de movimentação, evitando-se ficar deitada, é dar direito de a parturiente escolher a posição de parto, com poucas intervenções”, opina Marcos Tadeu Garcia, Diretor da Clínica de Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia do Hospital Ipiranga (SP).

Fonte: fisioterapia.com

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