domingo, 12 de janeiro de 2014

Dores musculares podem ser consequência de má alimentação

Você sabia que a má alimentação tem forte influência sobre as dores do corpo? Leandro Sousa, fisioterapeuta osteopata do Grupo LaborAll, explica que algumas doenças estão ligadas diretamente à má alimentação: obesidade, diabetes, hipertensão, etc. Outras, no entanto, dificilmente são diretamente relacionadas. Alguns quadros de dores musculares/articulares são um bom exemplo disso. “O corpo humano funciona em um sistema de hierarquia de funções, ou seja, sistemas “mais importantes” têm prioridade de funcionamento, enquanto sistemas “menos complexos” (ou não vitais, como é o caso do sistema muscular) acabam sendo expostos a distúrbios para conservação dos outros sistemas. Sendo assim, alimentar-se mal acaba criando sobrecarga, por exemplo, num sistema vital (digestório), que por sua vez cria sobrecarga no sistema muscular e articular, causando dores musculares e articulares do tipo referida”.
A queixa de dor lombar, afirma Leandro, é a mais frequente, seguida de dores no pescoço e nos ombros. Neste sentido, o osteopata fala da importância da ostepatia no diagnóstico desse tipo de dor proveniente da má alimentação: “A diferença principal da abordagem osteopática é que o osteopata tem condições de avaliar quando as queixas são provenientes dos órgãos ligados à alimentação ou quando são mesmo de problemas musculares (por trauma ou exercício físico, por exemplo). Esse diagnóstico é crucial para que o desenrolar da intervenção seja positivo ou não. Se tratarmos uma queixa de dor no ombro, cuja causa é alimentar, por exemplo, realizando procedimentos analgésicos locais, é muito provável que as queixas continuem e o quadro piore”, alerta.

E sobre os alimentos que mais trazem os pacientes ao consultório, Leandro não tem dúvidas: são os ricos em gordura. “Algumas pessoas, porém, desenvolvem queixas por intolerância a diferentes alimentos: ao leite (e suas proteínas), café, feijão, bebidas alcoólicas, etc. Há casos de formigamentos nos dedos e nas mãos que se relacionam diretamente à alimentação e pouco tem a ver com problemas neurológicos ou circulatórios como a maioria dos pacientes acredita”. Feita a avaliação, o tratamento, então, é focado na desintoxicação alimentar e no estímulo ao bom funcionamento do sistema digestório como um todo através da osteopatia. Resultado: melhora expressiva e duradoura do quadro”.

Segundo Leandro, cada indivíduo precisa avaliar que tipos de alimentos causam sensações de mal estar, azia, má digestão, dores de cabeça, gases em excesso, alteração do aspecto das fezes. E atenção aos maus hábitos: “Em geral, mastigar pouco, comer demais em uma única vez, permanecer em jejum por longos períodos, não diversificar os alimentos, estes são os maiores vilões. É preciso ficar atento a isso também”, finaliza o fisioterapeuta do Grupo LaborAll.

Fonte: Portal Fisioterapia

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