Os casos de otite aumentam 75% durante o verão. De acordo com a otorrinolaringologista Mariana Doria, da Clínica Otolife, ela acomete principalmente as crianças devido ao maior período de brincadeiras no mar e nas piscinas. Já as conjuntivites são mais preocupantes no período de volta às aulas, com a sua fácil propagação na forma viral ou bacteriana, segundo o oftalmologista Gustavo Novais, da Clínica Oftalmológica Cittá. Saiba como funcionam as moléstias e veja as dicas dos especialistas para preveni-las.
Otite – o que é?
É chamada de otite externa a infecção no canal auditivo, causada por bactérias ou fungos. As bactérias, e mais raramente os fungos, penetram no canal auditivo por lesões na pele, que podem ser causadas por cotonetes ou outros objetos utilizados para limpar, coçar ou secar o ouvido. A otite externa é chamada de otite de nadadores, pois o constante contato com a água facilita a remoção da cera que protege o canal auditivo, deixando os nadadores mais suscetíveis.
Otite – sintomas
Os sintomas mais comuns das otites são: coceira, inchaço e dor de ouvido. Em casos mais graves, nota-se também a febre e a secreção. O tratamento pode ser feito com antibióticos ou anti-inflamatórios, normalmente em gotas.
- Procurar um pediatra ou um otorrino para indicar um tratamento adequado é sempre a melhor escolha – ressalta a especialista Mariana Doria.
Otite – prevenção
Utilizar protetores auriculares e realizar uma limpeza assim que a criança sair da água são boas formas de prevenção. Substâncias secativas também podem ser utilizadas, mas é preciso evitar a automedicação.
Conjuntivite – o que é?
A conjuntivite é o termo usado para caracterizar o inchaço da conjuntiva, fina membrana delgada e transparente que reveste a parede do globo ocular e das pálpebras. Existem três formas de conjuntivite: as mais recorrentes são as virais, que são causadas pelos vírus que provocam os resfriados comuns e pode ser propagada até 14 dias após o aparecimento dos sintomas; as bacterianas são a forma menos comum, porém mais agressiva, pois geralmente deixam o olho bem vermelho e com uma grande quantidade de secreção purulenta; e as alérgicas, não contagiosas e causadas por uma reação do corpo a um alérgeno ou irritante.
Conjuntivite – sintomas
Os sintomas mais comuns são: olhos vermelhos e lacrimejantes, pálpebras inchadas, sensação de areia ou de ciscos nos olhos, secreções e coceira constante nos olhos. Na forma bacteriana, normalmente os olhos ficam mais vermelhos e com bastante pus.
Ao notar os sintomas, os pais devem levar as crianças ao médico para que o mesmo indique o melhor tratamento. Uma compressa aplicada às pálpebras fechadas pode aliviar um pouco o desconforto da conjuntivite. Para isso, basta molhar gaze em água filtrada e fria e aplicá-la sobre os olhos por mais ou menos 5 minutos, de três a cinco vezes ao dia.
Conjuntivite – prevenção
A única maneira de evitar que a doença se espalhe entre as crianças é reforçar os bons hábitos de higiene em casa, durante as brincadeiras nas férias e posteriormente na escola. Para isso, as dicas são: nunca reutilize lenços e toalhas ao limpar o rosto e os olhos das crianças, lave as mãos dos pequenos frequentemente, evite que eles cocem os olhos e coloque óculos de mergulho para as brincadeiras na piscina.
Fonte: O Globo
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