domingo, 30 de março de 2014

De acordo com pesquisa apresentada na Sociedade da 39ª Reunião Científica Anual da Radiologia Intervencionista, um método minimamente invasivo que direciona a radiação exatamente à célula cancerígena promete tratamento ao câncer com metástase hepática quando outras opções de tratamento fracassam. No maior estudo deste tipo até o momento, pesquisadores revisaram os resultados do tratamento de 75 mulheres com idades entre 26 e 82 anos com metástases hepáticas de câncer de mama resistentes a quimioterapia, estes eram demasiado grandes ou muito numerosos para serem tratados com outras terapias, por isso o tratamento ambulatorial, chamado ítrio-90 (Y -90) radio embolização, se mostrou mais seguro, e trouxe a estabilização da doença em 98,5% dos tumores hepáticos tratados das mulheres.

"Embora não seja uma cura, Y -90 radio embolização, pode encolher tumores no fígado, aliviar os sintomas dolorosos, melhorar a qualidade de vida e, potencialmente, prolongar a sobrevivência", disse Robert J. Lewandowski , professor de radiologia na Universidade Northwestern Feinberg School of Medicine, em Chicago. "Mesmo que haja uma seleção de doentes, a terapia não é limitada ao tamanho do tumor, forma, localização ou número, e isto pode aliviar a gravidade da doença em pacientes que não podem ser tratados de forma eficaz com outras abordagens", disse.
Cerca de 235 mil novos casos de câncer de mama invasivo são diagnosticados a cada ano. Destes, cerca de metade dos pacientes que desenvolvem a doença metastática terá câncer se espalhando para o fígado, explicou Lewandowski. Embora a quimioterapia seja o tratamento padrão para estas mulheres, muitas nem têm a doença hepática progressiva e mesmo com vários regimes de tratamento diferentes outras não vão tolerar os efeitos colaterais dos agentes tóxicos. Atualmente, os pacientes considerados a se submeter ao Y -90 radio embolização são aqueles que não têm outras opções de tratamento, afirmou ele.

"A importância de Y -90 radio embolização no tratamento de pacientes com câncer de fígado primário, não operáveis e câncer de cólon metastático foi demonstrado", disse Lewandowski. Dadas baixas taxas de toxicidade e de alto índice de controle da doença, esta terapia está se expandindo para outras doenças malignas hepáticas secundárias, continuou o professor. "Nós objetivamos ganhar o controle do tumor, minimizando a toxicidade ao máximo e preservando a qualidade de vida", acrescentou.

O tratamento Y -90 radio embolização é uma terapia guiada por imagem minimamente invasiva, onde um radiologista intervencionista insere um pequeno tubo ou cateter, através de um pequeno corte na virilha e orienta-o através dos vasos sanguíneos até a artéria que alimenta o fígado; lá micro grânulos são administrados na corrente sanguínea, para entrar nos menores que alimentam o tumor e emitirem radiação que mata o cancro de dentro do tumor. O fato do Y -90 ser focado no tumor minimiza os danos da radiação nos tecidos circundantes saudáveis.

Neste estudo, o acompanhamento com imagens estava disponível para 69 das 75 mulheres tratadas. Em todas estas mulheres, os tumores do fígado tinham crescimento continuo antes do tratamento. Depois da radio embolização houve controle da doença em 98,5% dos tumores do fígado, com mais do que 30 por cento de redução no tamanho do tumor em 24 mulheres. O tratamento teve poucos efeitos colaterais.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/releases/2014/03/140324133234.htm

Data: 24 de Março, 2014

Traduzido e adaptado por IKOEH

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