segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cigarro e dor nas costas - saiba a relação

Sabemos que o cigarro é prejudicial ao coração, pulmão e risco de câncer. O que muitos não sabem é que ele pode aumentar as chances do aparecimento de hérnia de disco.

A fumaça do cigarro diminui a circulação sanguínea nos platôs sob o disco, evitando que os nutrientes cheguem ao local. O disco resseca, se desgasta mais facilmente e racha, explica João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião e revisor científico do jornal Spine, a publicação internacional de maior prestígio sobre a coluna.

O problema é progressivo, ou seja, quanto antes o indivíduo começar a fumar, maiores suas chances de desenvolver o problema. Os sintomas iniciais são dores nas costas e um leve inchaço no local, que pode progredir.

“A hérnia pode ser incapacitante se tiver alterações neurológicas associadas. Se houver alteração da condução do nervo para perna, pode ter erro de condução para estímulo de músculo, atrofia e perda de sensibilidade”, alerta Ricardo Nahas, ortopedista do Hospital Nove de Julho.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, passaram cerca de um ano estudando 160 indivíduos que começaram a sofrer com a chateação. Os cientistas ainda recrutaram 35 voluntários saudáveis e 32 que já tinham experiência na luta contra a dor lombar crônica para fazer parte do grupo controle. Durante o período de intervenção, todos os participantes se submeteram a exames de ressonância magnética, questionários e avaliações que mediam a intensidade do desconforto. O resultado? Fumar torna a pessoa menos resistente a episódios dolorosos – para ter ideia, os adeptos das baforadas eram três vezes mais propensos a sofrerem com o problema. A boa notícia é que, ainda segundo esse mesmo estudo, lagar o vício reverteria essa situação.

Fatores de risco para hérnia de disco

Além do cigarro, obesidade, sedentarismo e herança genética são as características que predispõem o indivíduo ao desenvolvimento da hérnia de disco.

O desgaste nas estruturas da coluna começa naturalmente a partir dos 35 anos. Quem não apresenta nenhum desses fatores dificilmente terá a doença ou suas possíveis complicações. Mas basta que alguém na família tenha histórico do problema, para o risco chegar a 30%. Associado a qualquer um dos fatores acima, esse índice sobe para 50%.

Fonte: Revista Saúde; http://saude.ig.com.br/minhasaude

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