A população de todo o planeta vem envelhecendo paulatinamente. No entanto, o envelhecimento desta população mundial não está presente apenas nos países ricos, porque quase todos os países vêm assistindo o envelhecimento de seu povo devido à baixa na taxa de natalidade que vem ocorrendo nos últimos anos.
JABOB FILHO (2009) caracterizou o envelhecimento natural como a incapacidade progressiva corpo-mente em equilibrar as questões homeostáticas e funcionais do organismo.
MATSUDO & BARROS NETO (2000) colocam em seu estudo que, além de alterações estruturais e funcionais, a composição corporal sofre modificações importantes com o envelhecimento.
Como exemplo, os autores acima citam: a gordura corporal que vai aumentando com o avançar da idade. Também redução da albumina altera o transporte de diversas drogas no sangue. O metabolismo basal diminui de 10% a 20% com o progredir da idade, o que deve ser levado em conta quando calculamos as necessidades calóricas diárias do idoso. Também ocorre a tolerância à glicose, criando às vezes, dificuldade para se diagnosticar o diabetes, apesar de ser uma doença que incide com muita frequência nessa população (SIMÕES, 1998).
Além dos fatores citados acima, temos algumas situações que tornam esses idosos mais frágeis, são elas: pessoas com idade igual ou maior a 60 anos apresenta diversas deficiências fisiológicas e patologias como a incontinência urinária, a instabilidade postural, quedas de repetição, incapacidade ou declínio cognitivo (mal de Alzheimer), depressão etc.
As mudanças corporais, hormonais e emocionais que decorrem do envelhecimento causam mudanças na vida geral e também influenciam a realização das tarefas diárias, como fazer supermercado, caminhar, subir escadas, sentar, levantar, ter relações sexuais etc. E também influencia a prática da atividade física (CORAZZA, 2001).
A estrutura, potência e força muscular vai diminuindo com o passar dos anos e com o avanço da idade, fazendo que uma pessoa de 70 ou 80 anos tenha apenas 50% da potência muscular e uma capacidade de movimento que tinha quando tinha 30 anos (GÉIS, 2003).
Os benefícios do Pilates para a qualidade de vida do idoso
COSTA (2010) coloca que uma das principais contribuições do Pilates em relação ao tratamento de dores e alívio de incômodos corporais se coloca no fortalecimento da estrutura corporal (músculos e articulações) de todo o corpo na correta orientação e prática da extensão e flexão dos membros superiores, inferiores e tronco no aparelho Reformer, a fim de fortalecer, dar força e flexibilidade a todo o corpo.
Por exemplo, quando o idoso tem dores nos ombros, pelo próprio desgaste articular da velhice, um exercício excelente para o fortalecimento da estrutura e para a reabilitação de lesões e dores nesta região é a extensão e flexão bilateral de ombro. Tal exercício deve ser realizado durante as aulas, no aparelho Reformer.
Com a realização gradual e processual deste exercício (durante as semanas e meses de prática do Pilates), o aluno será capaz de estabelecer um fortalecimento gradual dos músculos e articulações que envolvem a estrutura do ombro, evitando futuras lesões e o reabilitando para que consiga executar os movimentos de ombro nas suas tarefas cotidianas (PANELLI & De MARCO, 2006).
Fonte: Revista Pilates
Nenhum comentário:
Postar um comentário