quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Corrida x Artrose: combinação benéfica ou prejudicial aos joelhos?

Até hoje acreditava-se que qualquer prática esportiva aceleraria a degradação do revestimento cartilaginoso do joelho, levando à temida doença inflamatória degenerativa denominada artrose. O temor em se desenvolver esta condição de caráter incapacitante progressivo e que, muitas vezes exige tratamento cirúrgico, tem levado muitos corredores ao uso de suplementos que “prometem” poupar as articulações durante o treino. 

Muitos destes produtos ainda não têm nenhum estudo que comprove sua eficácia. A corrida, em especial, por se tratar de um esporte de esforço repetitivo cíclico, teoricamente teria íntima ligação com a doença. Ou seja, quanto mais se corre, mais se degrada a cartilagem e mais se acelera a doença. Certo? Talvez! 

Um estudo recente realizado na Baylor College of Medicine, do Texas, constatou uma menor incidência de artrose nos corredores, independentemente da idade, sexo e tempo no esporte. Os pesquisadores analisaram dados de 2.683 participantes ao longo de oito anos. De acordo com a pesquisa, 22,8% dos participantes que tinham praticado corrida em algum momento de suas vidas eram portadores de artrose do joelho, em comparação com 29,8% daqueles que nunca tinham corrido. A constatação é ainda mais significativa quando se considera que a idade média dos participantes do estudo foi de 64,7 anos. 

Outro estudo publicado no ano passado revelou que os corredores tinham cerca de metade da incidência da artrose do joelho quando comparados aos praticantes de caminhada. Mas, qual seria a razão disso? 

Os pesquisadores de Baylor acreditam que um menor índice de massa corporal de corredores coloca menor “pressão” sobre o joelho. Isso aliado a uma boa capacidade de absorção de energia cinética da musculatura preparada e desenvolvida para a corrida “protegeria os joelhos”. 

Apesar dos dados interessantes publicados por este estudo, a correlação da artrose com o esporte segue em curso em outras instituições. Além disso, a corrida de rua ainda mantem elevadas taxas de lesões, principalmente se praticada sem avaliação médica pré-esportiva e sem orientações de um treinador especializado. 

Fonte: Fisioterapia.com

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