Primeiramente, existem duas questões fundamentais: “nem todo tremor é doença de Parkinson” e “nem todo paciente com doença de Parkinson tem tremor”. Em relação ao tremor, a principal causa deste movimento não é a doença de Parkinson, mas outra condição, que é o tremor essencial.
Este é um tremor, normalmente, de ambas as mãos, que pode ser observado durante o movimento como o de segurar uma xícara de café, e pode ocorrer em outros membros da família. Identificar esta diferença é fundamental, já que o tratamento do tremor essencial e da doença de Parkinson é absolutamente oposto.
O tremor essencial é uma das desordens neurológicas mais comuns, geralmente afetando mãos, braços. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos e atinge cerca de 3 a 5 em cada 1000 habitantes, sem diferença significativa entre sexos. Pode também atingir a cabeça, a garganta, o rosto, o maxilar, a língua, o tronco e as pernas. Os movimentos são produzidos por contrações incontroláveis e involuntárias dos músculos e a severidade dos tremores pode variar extremamente de hora a hora e de dia para dia.
Outra questão é que nem todo paciente com Parkinson tem ou terá tremores. Isto é possível porque existem outros três sinais motores para se suspeitar de Parkinson: lentidão dos movimentos (bradicinesia), rigidez muscular (hipertonia) e quedas frequentes (instabilidade postural).
Fonte: Hospital Albert Einstein / Wikipédia