É uma doença autoimune, que afeta o intestino delgado interferindo diretamente na absorção de nutrientes essenciais ao organismo como carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais e água. Caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten em pessoas geneticamente predispostas. O único tratamento é a dieta isenta de glúten por toda a vida. Caso uma pessoa com doença celíaca consuma alimentos com glúten ou traços de glúten, isso vai provocar uma reação imunológica no intestino delgado, uma inflamação crônica que impede a absorção dos nutrientes. A doença celíaca pode se manifestar em crianças, adultos e idosos. Estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. Na última década aumentou no Brasil a consciência sobre a doença celíaca. Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria dessas pessoas ainda estão sem diagnóstico.
Dia 18 de maio, foi o Dia internacional do Celíaco, em homenagem à data, a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) lançou a segunda etapa da Campanha Nacional de Reconhecimento ao Celíaco, que visa alertar a população sobre o problema e ajudar quem sofre com ele a viver melhor. Um dos principais alvos da empreitada é lançar luz sobre a chamada contaminação cruzada, que acontece quando um mesmo utensílio de cozinha — seja doméstico ou usado em restaurantes, por exemplo — é empregado indiscriminadamente no preparo de alimentos com e sem glúten. Isso pode até parecer coisa pequena, mas, para o celíaco, pode gerar consequências no mínimo desagradáveis.
A Doença Celíaca (DC) é desencadeada pela ingestão de alimentos que contêm glúten como o trigo, centeio, cevada, aveia e seus subprodutos como malte, farinha de rosca, etc. Ser reconhecido como celíaco por seu médico, sua família, seus amigos, no seu trabalho, no seu grupo social, pela indústria de alimentos e até por si próprio, como pessoa que tem uma nova condição alimentar. De tudo isso depende o sucesso do tratamento do celíaco e a obediência à dieta sem glúten.
Até o momento, a dieta sem glúten é o único tratamento eficaz para a doença celíaca. Os alimentos que contêm glúten devem ser excluídos da alimentação do celíaco, bem como a contaminação cruzada e as fontes ocultas de glúten em: alimentos, medicamentos, suplementos, produtos de higiene e beleza. A contaminação cruzada por glúten, ocorre quando o alimento sem glúten é preparado ou é exposto em um ambiente onde se manipulou o glúten, como exemplo pães, bolos, biscoitos de padaria.
Saber que o tratamento da doença celíaca exige, além dos cuidados necessários, o direito de se ter o alimento adequado, o acesso a esse alimento, na quantidade e qualidade necessárias, sem privar outros direitos (Direito Humano à Alimentação Adequada - DHAA).
Estratégia Individual:
Cuidar-se. Continuar com o acompanhamento médico e buscar ajuda de um profissional da nutrição, para se obter um melhor equilíbrio nutricional.
Para se adaptar ao tratamento da DC é importante modificar os hábitos alimentares e de consumo. É também experimentar novos sabores, provar outros alimentos e entender que toda dieta implica em abrir mão do que não nos faz bem.
Consumir alimentos naturais e frescos de produtores regionais, com fontes de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas, minerais, água e fibras da dieta). Preparar os alimentos de maneira a preservar as vitaminas e os minerais. Ler atentamente o rótulo e lista de ingredientes de todos os produtos, procurando pela inscrição: “Não contém glúten”.
Fonte: Fenacelbra